Preço de genéricos pode variar mais de 8 vezes no interior de SP, aponta Procon
10/06/2011 10h47
SÃO PAULO - O preço dos medicamentos genéricos pode variar mais de oito vezes, dependendo da farmácia, no interior do Estado de São Paulo.
A diferença, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, equivale a 728,42% e foi encontrada na cidade de São José dos Campos, onde uma embalagem de 200 mg/ ml – gotas 15 ml de Paracetamol pode ser comprada por entre R$ 0,95 e R$ 7,87.
No preço dos medicamentos de referência, a maior diferença encontrada foi na cidade de Campinas: 137,55%. Lá, o medicamento Amoxil (Amoxicilina) – Glaxosmithnkline (500 mg – 21 cápsulas) pode ser encontrado por R$ 20,85 a R$ 49,53.
Variações de preços de medicamentos | ||
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Cidade | Diferença genérico | Diferença de marca |
Araçatuba | 684,32% | 106,02% |
Campinas | 727,34% | 137,55% |
Presidente Prudente | 256,73% | 114,89% |
Santos | 656,20% | 100% |
São José dos Campos | 728,42% | 92,02% |
Sorocaba | 246,15% | 82,70% |
Fonte: Procon-SP |
Economia
Na comparação entre os medicamentos de referência e os de marca, o levantamento da Fundação Procon-SP mostrou que o consumidor pode economizar mais de 50% na maior parte das cidades pesquisadas.
Em São José dos Campos, constatou-se que os medicamentos genéricos eram 56,61% mais baratos do que os de referência, diferença que chegou a 56,35% em Campinas, 54,88% em Santos, 53,61% em Sorocaba e 51,94% em Araçatuba.
Presidente Prudente foi a única localidade onde os preços dos medicamentos genéricos não chegaram a ser 50% mais baratos do que os de marca. Na cidade, a diferença encontrada foi de 46,43%.
Pesquise
Segundo a Fundação Procon-SP, o levantamento reforça a importância da pesquisa para o consumidor.
Contudo, diz a entidade, antes de uma pesquisa criteriosa de preços é aconselhável que o consumidor consulte a lista de preços máximos dos medicamentos, disponível no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e nas unidades do comércio varejista, conforme determina a Resolução de número 4 da CMED de 09 de março de 2011.
Munido dessa informação, aconselha o Procon-SP, o consumidor deve comparar os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, não só entre as redes, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente.