Os 12 erros mais comuns na declaração do IR

SÃO PAULO – O maior medo dos brasileiros quando se fala do imposto de renda é cair na malha fina, mas sem saber que um dos fatores que mais causa isso são erros de preenchimento do formulário da declaração, como simples erros de digitação e omissão de rendimentos tributáveis. Esses contribuintes que entram na malha fina já são aproximadamente 30% ao ano.

Tal como no ano passado, os contribuintes vão poder fazer um “rascunho da declaração” até o dia 28 de fevereiro, graças ao programa criado pela RFB (Receita Federal Brasileira). Após a simulação, as informações poderão ser transferidas para o formulário oficial de declaração, que será liberado no dia 2 de março.

Francisco Arrighi, diretor da Fradema Consultores Tributários, aconselha que os contribuintes que não optarem pelo rascunho não devem deixar para última hora a análise das despesas que devem ser declaradas, pois isso pode aumentar as chances de ocorrência de erros. “É sempre melhor, caso não tenha tomado todas as providências necessárias, além de mais prudente, preencher a declaração com antecedência e sempre que possível com a assessoria de um profissional especializado, que orientará o contribuinte a forma correta de preenchimento da declaração”, explicou.

Para que você não cometa os mesmos e caia na malha fina, confira quais são os erros mais comuns na declaração do Imposto de Renda:

Digitar o ponto (.) ao invés da vírgula (,)
O programa que gera a declaração não considera o primeiro caractere como separador de centavos. Por isso, o correto é separar as unidades monetárias com vírgula.

Não declarar todos os rendimentos tributáveis
Salários, aluguéis, pró-labores, aposentadoria e qualquer outro rendimento que for recebido deve constar na declaração.

Não declarar o rendimento recebido pelo outro cônjuge
Caso opte por fazer a declaração em conjunto, todos os rendimentos tributáveis recebidos – os mesmos citados no tópico anterior – devem ser declarados; caso contrário, é um fator que pode te levar a cair na malha fina.

Declarar o somatório de maneira errada
Outro erro que muitos cometem no momento de fazer a declaração é: declarar o somatório do Imposto de Renda Retido na Fonte descontado do 13º salário ao Imposto de Renda Retido na Fonte descontado dos rendimentos tributáveis e descontar, integralmente, a soma do imposto devido apurado.

Declarar o resultado da subtração entre os rendimentos tributáveis e rendimentos isentos
Esses rendimentos são informados no comprovante de rendimentos tributáveis fornecidos pela empresa e, por isso, esse cálculo não deve ser declarado.

Declarar prêmios de loteria e planos de capitalização na ficha errada
Ao invés de declarar na ficha de “Rendimentos Tributáveis”, esses dois rendimentos devem ser declarados na ficha “Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva/definitiva”. O mesmo vale para os rendimentos da segunda categoria que são declarados na primeira – do 13º salário, por exemplo.

Declarar planos de previdência complementar na modalidade VGBL
Constitucionalmente, esses planos devem ser declarados na modalidade PGBL para serem deduzidos – e isso em no máximo 12% do rendimento declarado.

Declarar doações a entidades assistenciais
A legislação permite somente as doações feitas diretamente aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, com um limite de 6% do imposto.

Não declarar ganhos ou perdas
Isso vale tanto para Ganhos ou perdas de Capital, quando são alienados bens e diretos, quanto para Ganhos ou perdas de Renda Variável, quando o contribuinte opera a bolsa de valores.

Planos de saúde de dependentes não relacionados
Declarar as despesas com planos de saúde de dependentes não relacionados na declaração do IR.