Sem impeachment, bolsa chegará aos 45 mil pontos, diz analista; veja onde investir em meio ao caos
SÃO PAULO – O presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP-MA) assinou decisão nesta segunda-feira (9) decisão que anula a tramitação do pedido de impeachment do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) no congresso. O deputado pede a volta do processo para a Câmara entre outros motivos pela alegação de que houve orientação de bancada dos líderes de partido, ferindo a liberdade de voto dos congressistas.
Enquanto ainda não fica clara a extensão e o impacto dessa decisão, o mercado financeiro reage com força. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, recuava cerca de 3% às 12h20 desta segunda e as ações da Petrobras (PETR4) chegaram a cair mais de 10%.
Flavio Conde, analista da consultoria de investimentos WhatsCall, acredita que, mesmo que esse pedido consiga atrasar o processo de impeachment no Senado, dificilmente ele será anulado definitivamente.
“O movimento é preocupante, mas não acho que vão conseguir anular impeachment”, diz Conde. Caso esse pedido de fato venha a ser indeferido, o analista acredita que a bolsa volte ao patamar dos 45 mil pontos. “É um cenário muito complicado, mas acho que a oposição irá reverter”, atesta.
Para o analista, caso as chances da atual administração permanecer no poder aumentem, o dólar deve voltar a se valorizar em relação ao real, o que beneficia diretamente as grandes exportadoras. Por outro lado, cairiam nesse caso as estatais, como a Petrobras, por exemplo, e as elétricas, além dos grandes bancos, que poderiam ser prejudicados com uma alta do risco-país. Esse cenário de adiamento do impeachment também pode deixar o mercado em compasso de espera, de acordo com Flavio Conde.
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