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EUA mantêm juros: o que o mercado espera até o fim do ano? Veja a análise

Jim Bourg/Reuters
Imagem: Jim Bourg/Reuters

15/06/2016 15h00

SÃO PAULO - Em reunião encerrada nesta quarta-feira (15), os líderes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americanos) decidiram pela manutenção das taxas de juros nos Estados Unidos.

Porém, os dados mistos da economia e do emprego deixaram os oficiais do BC dos EUA ainda na expectativa por pelo menos mais uma alta ainda em 2016. Até então, a projeção do Fed era de duas elevações este ano.

Apesar desta projeção, o chamado "gráfico de pontos" do Fed manteve a mesma indicação para duas altas este ano, o que aumenta as dúvidas do mercado sobre o futuro. 

Na reunião de abril, apenas um membro da autoridade indicou que o ano terminaria com apenas uma elevação das taxas. Agora são seis membros com esta projeção, ou seja, mais da metade dos dez membros.

A maior surpresa na declaração do Fed foi a falta de qualquer indício de que a autoridade está pronta para aumentar as taxas em breve. Muitos analistas esperavam que o Fed deixaria a porta aberta para um aumento da taxa de julho, e, tecnicamente, a porta ainda está aberta.

Mas não há nenhuma linguagem nesta declaração sugerindo que uma subida das taxas é provável em julho.

O Fed expressou confiança de que os dados de vagas de trabalho vão se recuperar, dizendo que espera que "os indicadores do mercado de trabalho irão fortalecer".

O banco central americano reiterou que as taxas de juros tendem a subir a um ritmo "gradual", sem fazer referência na declaração para a próxima reunião, em julho ou em qualquer outro momento específico para um outro aumento.

"O ritmo de melhora no mercado de trabalho tem diminuído enquanto o crescimento da atividade econômica parece ter melhorado", afirma o comunicado do Fed, mantendo inalterada as taxas em sua primeira decisão unânime desde janeiro.

Quanto à inflação, o Fed apontou que ela permanece abaixo da meta de 2% ao ano fixada pelo comitê no longo prazo, "parcialmente refletindo quedas anteriores nos preços da energia e em importações não relacionadas ao setor".

A autoridade ainda revisou sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA de 2,2% para 2%.