Se tudo der errado no Brasil, festa na renda fixa vai voltar", diz assessor de investimentos
SÃO PAULO – O fim de 2015 foi um momento de verdadeira festa para o investidor brasileiro em renda fixa. Títulos com nível de segurança bastante conservador chegaram a render até 18% ao ano em momentos de forte tensão política e econômica. Atualmente, com o mercado visualizando queda de juros no país e um cenário mais brando, as taxas caíram significativamente.
“Se tudo der errado no Brasil, festa na renda fixa vai voltar, caso contrário, é necessário pensar em outros cenários”, afirma Jansen Costa, da Fatorial Investimentos. O assessor de investimentos afirma que a estratégia de vender títulos prefixados do Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal, antes de seu vencimento é arriscada e pode não ser indicada para o investidor pessoa física.
Atualmente, ele afirma que um investimento mais seguro e adequado nessa direção é o de compra de títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), como o Tesouro IPCA+, por exemplo.
Jansen ainda aponta que, para quem está pensando no longo prazo, na aposentadoria, por exemplo, não adianta o investidor ficar observando apenas a taxa do dia no Tesouro Direto. É importante aplicar o dinheiro sempre e com disciplina. “Mas que o momento para renda fixa é muito pior agora, é sim”, atesta.
“O cenário futuro é de previsão de corte de juros e o mercado já projetou isso. Talvez as taxas futuras venham a ter alguma queda, mas não é o suficiente para justificar o investimento. Quem aplicou em prefixados no começo desse ano, por outro lado, está muito bem investido”, comenta o assessor.
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