Por que os títulos de inflação são os mais procurados do Tesouro Direto?
SÃO PAULO - De acordo com o boletim mensal do Tesouro Nacional, em abril, as vendas do Tesouro Direto atingiram R$ 1.388,3 milhões. Já os resgates totalizaram R$ 504,2 milhões, sendo R$ 503,5 milhões relativos às recompras ocorridas no mês e R$ 0,7 milhão relativo aos vencimentos ocorridos em abril.
Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), cuja participação nas vendas atingiu 61,8%. Mas o que explica essa alta procura por esses títulos?
A principal explicação é o rendimento deles. O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 acumula alta de 32,04% no ano (considerando o retorno bruto, sem descontar o Imposto de Renda).
O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais com vencimento em 2025 paga 26,04%, enquanto o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais que vence em 2023 paga 23,49%. Todos eles com um rendimento muito acima do CDI, que hoje está em 14,13% ao ano.
O tamanho da oscilação do preço do título vai depender do seu prazo de vencimento e das taxas de juros futuras. Quanto mais longo for o título, maior será a sua volatilidade. No começo deste ano, havia muita incerteza política e a inflação ainda não dava sinais de arrefecimento. Com isso, o prêmio (remuneração) dos títulos de inflação e dos prefixados estava bem mais elevada
Portanto, se o investidor permanecer com o título até o vencimento, o retorno será de acordo com as condições do mercado. Mas caso deseje vender antes, poderá ter um rendimento bem acima do esperado ou até perder parte do capital investido.
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