Fim dos swaps, redução da meta de inflação e independência do BC: o que Ilan disse ao FT
SÃO PAULO - Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sinalizou o desejo de que a meta de inflação brasileira seja reduzida após 2018, quando é esperado que o país já tenha atingido o objetivo central hoje estabelecido, de 4,5%. À publicação, o novo chefe da autoridade monetária brasileira afirmou que a trajetória da inflação é descendente e convergir para a tal marca está "completamente ao nosso alcance". Goldfajn espera chegar próximo ao centro da meta no ano que vem, quando suas expectativas giram em torno de 4,7%.
O presidente do BC da gestão do presidente interino Michel Temer aproveitou a ocasião para repetir também disse ao jornal que um de seus objetivo no cargo é reduzir o estoque de swaps cambiais do atual patamar -- próximo de US$ 60 bilhões -- para zero e contar mais com as reservas internacionais para oferecer confiança ao mercado de câmbio.
Na entrevista, o presidente do BC também defendeu a alteração de algumas condições do mercado de câmbio. Goldfajn citou que um de seus objetivos à frente do BC é reduzir o estoque de swaps cambiais que atualmente estão em torno de US$ 60 bilhões para zero. Nessa estratégia, o economista defende que o Brasil conte mais com as reservas internacionais de US$ 370 bilhões para oferecer confiança aos mercados.
Goldfajn disse que é "saudável" reduzir o estoque de swaps cambiais e argumentou que o uso desse instrumento gera a percepção de maior vulnerabilidade à depreciação cambial e também a sensação de que o Banco Central intervém muito no mercado. "Eu acho que é saudável que você mantenha apenas as reservas no balanço", disse ao FT.
O presidente do BC também afirmou ao FT que o governo do presidente interino Michel Temer prepara uma proposta de emenda constitucional para dar "autonomia operacional" à instituição, que pode ir ao Congresso em 2017. Na avaliação de Goldfajn o projeto deve melhorar a credibilidade da autoridade monetária. Ele disse que, ainda que a emenda não conceda independência completa ao BC, formalizará a autonomia “de fato” existente do BC para usar política monetária e outros instrumentos adequados para atingir a meta.
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