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“As pessoas não sabem que dá para investir melhor fora do banco”, diz blogueiro expert em finanças

29/07/2016 08h53

SÃO PAULO – Investir é, sem dúvida, o melhor caminho para aumentar o patrimônio e ter uma vida financeira mais saudável. Contudo, infelizmente, no Brasil, a cultura de investimentos ainda não é disseminada como é nos EUA, por exemplo, ou mesmo em países emergentes como a Índia. No entanto, se depender de Thiago Nigro, essa situação irá mudar.

O assessor de investimentos é fundador do blog O Primo Rico. Em seu blog, ele compartilha vários textos em que explica investimentos e estratégias para as pessoas tomarem decisões mais conscientes e inteligentes na hora de aplicar o dinheiro. “Eu quero ajudar o brasileiro a investir melhor, escrevendo da maneira mais simples possível sobre assuntos que as pessoas acham que são complexos, sendo que na realidade não são”, comenta.

Thiago, que trabalha no mercado financeiro há sete anos, afirma que o brasileiro tem muita carência sobre informação em relação a investimentos de modo geral. O blogueiro afirma que “as pessoas não sabem que dá para investir melhor fora do banco”. Além disso, outra dificuldade que ele percebe na população é em entender que não é complicado e nem demora muito tempo para investir o dinheiro.

“A população de modo geral hoje acha que investir na poupança ou pelo banco é o melhor caminho e hoje em dia a gente se depara com fatos e vê que essa não é a realidade”, crava. O assessor de investimentos ainda é sócio do escritório M Nigro Investimentos, que conta com aproximadamente 700 clientes com um patrimônio investido na casa de R$ 330 milhões.

Em relação às aplicações mais interessantes para se fazer nesse momento, Thiago destaca os títulos do Tesouro Direto com rentabilidade atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) como uma boa escolha. Além disso, outra boa alternativa são os títulos privados, em especial os CDB (Certificados de Depósito Bancário) e as debêntures incentivadas.

Sobre os CDB, uma de suas grandes vantagens é a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 250 mil por investidor. Essa garantia, que é a mesma da poupança, significa que, caso o banco que emitiu o título que o investidor comprou fique insolvente, o investidor estará coberto até esse teto e permite, assim, que seja possível buscar uma rentabilidade maior ao aplicar em títulos de bancos médios. Em relação às debêntures, uma de suas grandes vantagens é sua isenção de imposto de renda. Thiago explica que esse fator faz muita diferença para o investidor de médio e longo praz.

O assessor de investimentos ainda comenta que o investidor não pode deixar de lado o mercado de ações. “Não pensamos em ações no momento atual por causa do histórico negativo desse mercado nos últimos anos, mas não podemos deixar essa aplicação de lado. Escolhendo bons papéis, é possível rentabilizar muito mais o portfólio de investimentos”, finaliza.