Como aplicar R$ 10 mil, R$ 100 mil e R$ 1 milhão para render mais
11/08/2016 08h52Atualizada em 11/08/2016 18h59
SÃO PAULO – Para investir bem é preciso considerar diversos fatores; entre eles, a quantia de dinheiro disponível, as taxas de administração cobradas e quando você pretende fazer o resgate dos investimentos.
Segundo analistas, o momento atual no Brasil traz uma combinação bastante interessante: com os juros altos, é possível encontrar aplicações conservadoras com boa rentabilidade. Veja sugestões para investir diferentes quantias.
R$ 10 mil
"O investidor com R$ 10 mil deve manter a maior parte ou tudo em algum fundo de liquidez imediata, com baixa taxa de administração e instabilidade, pois provavelmente irá precisar do dinheiro num curto espaço de tempo", diz o economista da Atlas Invest Max Scatimburgo, que aconselha a aplicação em fundos DI.
Jansen Costa, assessor de investimentos da Fatorial Investimentos, segue a mesma linha de pensamento. Para ele, com um valor menor, a escolha de um bom fundo de investimento pode ser mais acertada, uma vez que o gestor poderá fazer as melhores escolhas na renda fixa do que uma pessoa sem tanto dinheiro.
R$ 100 mil
"Para um investidor com R$ 100 mil, a variedade e disponibilidade de produtos já aumenta, mas provavelmente o nível de gastos fixos também. Então, manteria o perfil conservador, com grande parte em fundos de liquidez, como no primeiro caso. Aproximadamente 70%, inicialmente. O restante eu alocaria em algum fundo multimercado de baixa instabilidade", afirma Scatimburgo.
Costa também recomenda colocar a maior parte do dinheiro em produtos pós-fixados para o investidor conservador.
R$ 1 milhão
Para quem não quer tomar muitos riscos, a recomendação para R$ 1 milhão é semelhante, mas com mais diversificação.
"Para um montante de R$ 1 milhão, ainda manteria o conservadorismo dado o cenário, mas aumentando o grau de liberdade", diz Scatimburgo.
"Manteria 60% em liquidez, em fundos DI, 25% em multimercados com menos instabilidade, lembrando que o nosso cenário está ajudando, e 15% em títulos indexados à inflação (NTN-B), dividindo entre três vencimentos (2019, 2024 e 2035), ou também em algum fundo que faça essa diversificação pelo cliente", diz.
No entanto, se a pessoa tiver apetite, Max sugere aumentar o risco e apostar mais em fundos multimercado.