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Vendo "injustiça" na perda de brilho da Raia Drogasil, Santander vê ação a R$ 80 em 2017

13/09/2016 14h46

SÃO PAULO -  Se as ações da Raia Drogasil (RADL3) eram consideradas as preferidas do mercado, elas perderam o ímpeto nos últimos meses, chegando a registrar queda de 6% desde o final de julho até o começo de setembro deste ano. Com isso, os papéis da empresa, que figuravam entre os maiores ganhos de 2016 até pouco tempo atrás, agora ocupam a oitava posição no Ibovespa. 

Contudo, a perda de brilho das ações RADL3 não deve durar muito tempo, segundo a avaliação do Santander, que introduziu um novo preço-alvo para as ações da companhia, de R$ 80,00, em substituição ao preço-alvo de R$ 52,00 de 2016, seguindo com recomendação de compra. Em comparação com o fechamento da última segunda-feira (12), o potencial de valorização é de 25% até o final do próximo ano. 

"Esperamos que a dinâmica da Raia Drogasil continue forte nos próximos anos. Em nossa opinião, a execução da Raia deve permitir ganhos sequenciais de participação de mercado e melhor rentabilidade, impulsionado por iniciativas recentes de gestão. Reiteramos nossa classificação de compra e destacamos a nossa crença de que a performance inferior não é justificada por fundamentos, dado que esperamos fortes resultados no terceiro trimestre", afirmam os analistas João Mamede e Jéssica Bessa. 

Os analistas esperam que a Raia Drogasil continue entregando um crescimento na venda nas mesmas lojas de dois dígitos entre os próximos quatro a cinco anos, juntamente com a abertura de pelo menos mais 200 lojas por ano. "Também esperamos ganhos de margem consistentes devido à melhoria do gerenciamento de categorias e CRM a médio e longo prazo".

Para o segundo semestre de 2016, os analistas esperam que o impulso positivo da receita continue, com a companhia ainda se beneficiando do crescimento da receita de aproximadamente 26% na comparação anual e de 50 pontos-base de ganhos de margem bruta derivados dos aumentos de preços autorizados pela ANVISA no segundo trimestre de 2016.

De acordo com os analistas, as pressões de despesas pré-operacionais relacionadas com a abertura de lojas provavelmente será mais suave no segundo semestre, dado o maior número de lojas já abertas nos primeiros seis meses do ano.  "Por outro lado, acreditamos que a recente revisão de alta para o seu plano de abertura de 2016-201 pode ajudar a sustentar o impulso positivo", apontam os analistas.