McDonalds é acusado de explorar funcionários na Malásia
SÃO PAULO – Funcionários nepaleses do McDonald’s na Malásia estão acusando a rede de fast-food de uma série de explorações empregatícias que englobam os baixos salários, o atraso no pagamento e até mesmo, a retenção de passaportes. Eles afirmam que a empresa prometeu diversos benefícios aos migrantes e que quando estes chegaram ao país, tudo não passava de uma mentira.
De acordo com o jornal inglês The Guardian, que entrevistou diversos trabalhadores da região, os funcionários foram alocados em moradias precárias, o salário beirava os 60 centavos de libra por hora (cerca de R$ 2,55), e a empresa lhes cobrava taxas sobre os rendimentos, o que comprometia 25% do valor recebido. “Nós não tínhamos dinheiro para comer, porque não éramos pagos com frequência”, disse um dos funcionários. “Como que você vai trabalhar de estômago vazio? Eu achei que a empresa era boa e que eu ganharia um bom dinheiro. Agora minha vida está devastada e não acho que eu tenha mais futuro”, completou.
Segundo o jornal, o problema está relacionado à contratação de mão de obra recrutada pela empresa Human Connection HR, selecionada para fazer o processo seletivo de funcionários para os restaurantes de Kuala Lumpur, capital da Malásia.
Em esclarecimento ao jornal britânico, o McDonald’s afirmou que apesar de 90% da força de trabalho ser local, eles também trabalham com agências de recrutamento para empregar funcionários estrangeiros e que, portanto, esses funcionários citados pertencem à Human Conncetion HR e não ao McDonald’s. Além disso, disse que ao descobrir essas informações, suspendeu o contrato com a agência. “No começo do ano tomamos conhecimento de uma série de circunstâncias relacionadas aos serviços providenciado pela Human Connection HR que não estavam de acordo com os nossos padrões. Por isso, rompemos o contrato com a empresa”.
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