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Itaú avisa clientes sobre mudança importante em conta digital gratuita

01/12/2016 11h33

SÃO PAULO – Nesta terça-feira (29) o Itaú informou os clientes da conta corrente digital iConta que o uso de cheques não está mais disponível para esta modalidade.

Antes, o serviço estava disponível para os correntistas, mas não era gratuito: se o cliente requisitasse a impressão de folhas em um caixa eletrônico ou agência, pagaria R$ 1,55 por cada uma delas; agora, mesmo tarifado, o cliente não tem mais direito a ele.

Procurado pelo InfoMoney, o Itaú confirmou que o serviço descontinuado pois “não é um serviço adequado para este perfil de cliente”, mencionando que somente 1% dos clientes da iConta solicitavam o serviço.

A recomendação do banco para os correntistas que precisarem do uso de cheques é que “alterem seu pacote em uma agência”, o que significa que eles terão de migrar para as contas correntes não digitais – e que, por sua vez, possuem tarifas. O pacote de serviços Itaú Pacote 3.0, por exemplo, possui uma mensalidade de R$ 28; a versão 4.0 do mesmo pacote, de R$ 45. Além da mensalidade, alguns serviços não inclusos também são tarifados.

Tarifas cada vez maiores
Analistas do J.P. Morgan apontaram, em relatório de setembro deste ano, que as tarifas de conta corrente cobradas pelos bancos brasileiros tiveram aumento de 12% no primeiro semestre desse ano, em comparação com o mesmo período de 2015.

O motivo do aumento é, segundo os analistas do JP, para compensar o desaquecimento de crédito no mercado. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica são os bancos que lideram os reajustes nas tarifas: no caso do BB, por exemplo, o aumento foi de cerca de 24% no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2015; a Caixa, na mesma base comparativa, teve aumento de 23%. O Itaú teve reajuste de 12%. – e os demais bancos uma média de 9%.

Além do aumento de tarifas, o BB recentemente descontinuou sua antiga conta digital gratuita e lançou uma nova, que também possui uma versão tarifada.

Os reajustes mostram que, no governo Temer, os bancos públicos estão dispostos a tomar medidas impopulares para focar cada vez mais em rentabilidade. No geral, a tendência é que os bancos privados continuem o reajustando as tarifas e restrinjam seus serviços gratuitos.