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Investidor local fica com 60% das ações vendidas no follow-on da BR Distribuidora

25/07/2019 09h31

A oferta subsequente de ações da BR Distribuidora (SA:BRDT3) despertou o interesse de investidores por todo o mundo, levando os papéis a serem precificados em R$ 24,50. Apesar disso, o destaque ficou para os investidores locais, com 60% de participação do total de R$ 8,56 bilhões levantados pela Petrobras (SA:PETR4) na operação que privatizou o controle de sua subsidiária. As informações são da edição desta quinta-feira da Coluna do Broad, do jornal O Estado de S.Paulo.

Desta forma, os estrangeiros ficaram com os 40% restantes na distribuidora de combustíveis. Esse movimento é o oposto do registrado no follow-on do IRB Brasil (SA:IRBR3), quando investidores externos responderam por 70% das ações vendidas e os brasileiros com os 30% restantes.

A publicação destaca que essa diferença pode ser explicada pelo perfil das ofertas, com as da Petrobras sendo mais diluída e seguindo a resolução 400. Já a do IRB utilizou as regras da resolução 476, que foca em um grupo menor de investidores.

O follow-on fez com que a Petrobras aprovasse a venda 30% na empresa de combustíveis por R$ 8,56 bilhões, mas o negócio poderá envolver até R$ 9,6 bilhões se também for negociado um lote adicional de ações.

A operação, em uma oferta de ações precificada na noite de terça-feira, fixou os papéis da BR em R$ 24,50 e reduziu a participação da Petrobras na companhia para 41,25%, de 71,25% anteriormente, o que na prática privatiza a antiga subsidiária da estatal.

O lote suplementar da oferta deve ser negociado ao longo das próximas semanas. Se houver sucesso, a fatia da Petrobras na BR seria reduzida para 37,5%.

A demanda na operação foi 4,5 vezes superior ao tamanho da oferta, acrescentou uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato porque a informação não é pública.

A Petrobras já havia reduzido sua participação na BR Distribuidora no final de 2017, com uma oferta inicial de ações (IPO) que levantou aproximadamente 5 bilhões de reais e levou a petroleira a ficar com 71,25% da empresa, antes uma subsidiária integral.