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ABERTURA: Ibovespa futuro abre em alta seguindo exterior cauteloso

26/08/2019 09h29

Na abertura da sessão desta segunda-feira, o índice futuro do Ibovespa abre com valorização de 0,63% aos 99.010 pontos. O resultado de momento sinaliza uma leve recuperação depois da forte queda do fechamento da semana passada, em meio ao agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os investidores seguem atentos à tramitação da reforma da Previdência no Senado, que sofreu um atraso da entrega para esta semana do relatório pelo relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), antes agendado para sexta-feira.

Já o dólar começa a semana recuando 0,19% a R$ 4,1117. Na sexta-feira, a moeda americana subiu para R$ 4,1244, alta de 1,15%, maior fechamento desde 18 de setembro de 2018.

No cenário local, a semana terá a divulgação de alguns indicadores importantes, como o índice de preços do produtor (IPP) na quinta-feira. Já na sexta-feira, será a vez do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, bem como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de julho.

A agenda americana da semana traz alguns indicadores que merecem atenção especial dos investidores, como os pedidos de bens duráveis, na segunda-feira. No entanto, o principal foco será para os números do PIB do segundo trimestre, que terá prévia divulgada na manhã de quinta-feira.

O iuan recuou para a mínima de 11 anos contra o dólar nesta segunda-feira e as ações chinesas caíram com a intensificação da disputa comercial com os Estados Unidos, ameaçando prejudicar ainda mais as duas maiores economias do mundo.

Mas a moeda reduziu as perdas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira acreditar que Pequim quer fechar um acordo comercial. Trump disse que a China entrou em contato com autoridades comerciais dos EUA para dizer que quer retornar à mesa de negociações.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na sexta-feira, com ambos os lados adotando mais tarifas sobre as exportações um do outro.

Trump anunciou uma taxa adicional sobre cerca de 550 bilhões de dólares de produtos chineses, horas depois de a China divulgar tarifas retaliatórias sobre 75 bilhões de dólares em mercadorias dos EUA.

No entanto, o presidente americano disse, no Twittter, que a delegação comercial telefonou para sua contra-parte americana para apresentar disposição em continuar com as negociações. Os chineses negam a informação. Mesmo assim, o tweet foi suficiente para amenizar a aversão ao risco, com as bolsas europeias diminuindo as perdas e os futuros de Wall Street abrindo em alta.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,17%, a 20.261 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,91%, a 25.680 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,17%, a 2.863 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,44%, a 3.765 pontos.

A sessão desta segunda-feira é marcada por ganhos para os mercados de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX em alta de 0,42% aos 11.660 pontos, enquanto que em Londres, o não funciona devido a um feriado local. Já em Paris, o CAC tem avanço de 0,62% aos 5.359 pontos.

COMMODITIES

A sessão desta segunda-feira na bolsa de mercadorias de cidade de Dalian foi marcada por desvalorização para os contratos futuros do minério de ferro. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para o mês de janeiro de próximo ano, registrou queda de 1,74% a 593,50 iuanes por tonelada, uma variação diária de 10,50 iuanes na cotação do produto.

No caso do vergalhão de aço, que tem seus papéis futuros transacionados na bolsa de mercadorias da também chinesa cidade de Xangai, a abertura da semana também foi marcada queda nos preços da commodity. O contrato de maior liquidez, com entrega para o primeiro mês de 2020, as perdas foram de 65 iuanes para 3.372 iuanes por tonelada, enquanto que os de outubro de 2019, segundo mais negociado, cedeu 57 iuanes para 3.663 iuanes para cada tonelada do produto.

A semana tem início com os preços do petróleo avançando nas principais praças de negociação. O barril do tipo WTI, referência em Nova York, soma 1,05%, ou US$ 0,57, a US$ 54,74. Já em Londres, o FTSE registra ganhos de 0,73%, ou US$ 0,43, a US$ 59,23.

MERCADO CORPORATIVO

- Petrobras (SA:PETR4)

Liquigás

A Petrobras (SA:PETR4) divulgou no final da sexta-feira que o grupo formado pela Itaúsa (SA:ITSA4), Copagaz e Nacional Gás Butano apresentou a melhor oferta vinculante para aquisição de sua participação na Liquigás, e assim foi convidado a participar da fase de negociação dos contratos.

O comunicado confirma reportagem publicada pela Reuters também na sexta-feira, de que o consórcio liderado pela Itaúsa (SA:ITSA4) entregara à Petrobras (SA:PETR4) a oferta vinculante mais alta pela Liquigás, segundo duas fontes com conhecimento do assunto. Uma das fontes disse que a Petrobras espera assinar a venda da até novembro.

"Essa operação está alinhada a? otimização do portfólio e a? melhoria de alocação do capital da companhia, visando a? geração de valor para os nossos acionistas", disse a petroleira em comunicado ao mercado.

A Petrobras (SA:PETR4) chegou a vender a Liquigás no fim de 2016 para a Ultrapar (SA:UGPA3) por 2,8 bilhões de reais, mas o negócio foi bloqueado pelo Cade. A Liquigás atua no envasamento, distribuição e comercialização de GLP no Brasil por meio dos segmentos de negócios engarrafados e a granel.

Combustíveis

Os preços médios do diesel e do etanol nos postos brasileiros voltaram a avançar ao longo desta semana, enquanto na gasolina houve recuo, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.

A queda na gasolina veio após a estatal Petrobras (SA:PETR4) ter cortado os preços do produto em suas refinarias em cerca de 6% na semana passada, embora o movimento tenha sido sentido em intensidade muito menor nas bombas.

A redução das cotações médias da gasolina nos postos foi de 0,14% na comparação semanal, segundo as cotações médias divulgadas pelo regulador, para 4,320 reais por litro.

Nota de Crédito

A estatal teve a nota de crédito "stand-alone" (risco intrínseco) elevada para "ba2", de "ba3", pela agência de classificação de risco Moody's.

Segundo a petroleira, a Moody's apontou que a mudança deve-se a melhorias nas métricas de crédito e liquidez, à capacidade de refinanciamento e alongamento de dívidas e pela "disciplina para competir lucrativamente no segmento de derivados".

Com a revisão, a classificação concedida pela Moody's à Petrobras (SA:PETR4) na categoria stand-alone iguala o rating da companhia em escala global, que acompanha a nota atribuída ao governo brasileiro. Já o rating da dívida corporativa da estatal foi mantido pela Moody's em "Ba2", com perspectiva estável.

- Vale (SA:VALE3)

A Vale (SA:VALE3) e a Fundação Vale estão em negociações com o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, para uma iniciativa que deve contribuir para a reconstrução do patrimônio perdido em um incêndio em 2018, informou a mineradora à Reuters.

A revelação da empresa foi feita após duas fontes com conhecimento das conversas dizerem que será assinado em breve um protocolo de intenções para montar um modelo de governança para a gestão de recursos voltados à reconstrução do museu, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

- Eletrobras (SA:ELET3)

A elétrica estatal Eletrobras (SA:ELET3) concluiu a venda de sua participação em três parques eólicos no Rio Grande do Norte para a J. Malucelli, recebendo 178,26 milhões de reais, informou a empresa nesta sexta-feira.

A fatia da estatal nos parques Rei dos Ventos, Brasventos Eolo e Brasventos Miassaba foi arrematada pela J. Malucelli em leilão de desinvestimentos realizado pela Eletrobras (SA:ELET3) em setembro de 2018, por pouco mais de 171 milhões de reais, valor agora atualizado para o pagamento.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu aval para a conclusão do negócio em março deste ano.

Juntos, os parques eólicos negociados somam 187 megawatts de capacidade instalada. A J. Malucelli, que já tinha 51% dos empreendimentos, passa assim a ser a única acionista.

- Belo Monte

A chinesa State Grid acaba de concluir testes de um linhão de transmissão de energia em ultra-alta tensão que conecta a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, à região Sudeste, o que antecipa em cerca de quatro meses o empreendimento, disse à Reuters um executivo da companhia nesta sexta-feira.

A linha de 2,5 mil quilômetros, originalmente prevista para operação em dezembro, foi entregue ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que definirá agora como se dará a entrada em funcionamento, explicou o vice-presidente da Xingu-Rio Transmissora de Energia (XRTE), subsidiária da State Grid responsável pelo projeto, Paulo Esmeraldo.

"A linha está pronta, ela foi testada, energizada, as subestações foram testadas... todos esses testes foram realizados nos últimos dois meses, sendo os mais importantes na última semana, e eles demonstraram a total viabilidade do projeto, que atendeu todas especificações -técnicas", disse o executivo.

- Banco do Brasil (SA:BBAS3)

Crédito imobiliário

O presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3), Rubem Novaes, disse nesta sexta-feira que a instituição planeja lançar novas linhas de financiamento imobiliário, inclusive com referência no IPCA, a exemplo do que fez esta semana a Caixa Econômica Federal.

Falando a jornalistas, Novaes disse ainda que os tomadores de financiamento imobiliário se sentiriam mais seguros se existisse um financiamento imobiliário com taxa prefixada.

"Estamos preparando linhas novas nesse setor… e a gente pode seguir (o modelo com IPCA)", disse Novaes a jornalistas na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Venda de ações

O governo federal publicou na edição desta sexta-feira do Diário Oficial um decreto autorizando a venda de 20,75 milhões de ações detidas pela União no Banco do Brasil (SA:BBAS3), informou o banco por meio de fato relevante.

O anúncio acontece após o governo federal ter anunciado na quarta-feria plano de vender esse lote, que corresponde ao valor excedente ao mínimo necessário para manter a condição de acionista controlador do banco, numa operação avaliada em cerca de um bilhão de reais.

- Copel (SA:CPLE6)

A estatal paranaense de energia Copel (SA:CPLE6) realizará um leilão em 20 de setembro no qual oferecerá contratos de 15 anos para a compra da produção futura de projetos de geração eólica e solar de terceiros, disse à Reuters o presidente da Copel Energia, unidade de comercialização da companhia, Franklin Miguel.

O certame deve ser visto como boa oportunidade por diversos investidores que têm buscado viabilizar projetos de energia no Brasil, inclusive vencedores de leilões recentes do governo para novos empreendimentos, que deixaram parte da capacidade de produção de suas usinas descontratada para buscar contratos também no chamado mercado livre de eletricidade.

- Iguá Saneamento

A empresa privada de saneamento básico Iguá anunciou nesta sexta-feira que pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Segundo fato relevante, a operação deve incluir lotes primário (ações novas, cujos recursos serão destinados ao caixa da empresa) e secundário (papéis detidos por atuais sócios).

Criada em 2017, a Iguá opera em 18 cidades em cinco Estados do país (São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Alagoas). A companhia tem entre os acionistas o braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar).

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente inicia a semana recebendo o Reverendo Izaías de Souza Maciel, Presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil e no Exterior. Em seguida, tem reunião com Salim Mattar, Secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia. Ainda pela manhã, tem encontro com o deputado Átila Lins (PP/AM).

Na parte da tarde, se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

- Paulo Guedes

O ministro da Economia começa a segunda-feira se reunindo com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorezoni. Em seguida, cumpre uma agenda de encontros. Confira a programação:

- Reunião geral de secretários do Ministério da Economia;

- Almoço com os secretários especiais;

- Reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro;

- Reunião semanal com o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra

- Reunião semanal com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa;

- Reunião semanal com o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel.

Com Reuters.