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Mudança na gestão puxa nova alta da Saraiva, que pode evitar pedido de falência

27/08/2019 12h37

A jornada desta terça-feira é mais uma vez de forte valorização para as ações da Saraiva, que registavam ganhos de 10,89% a R$ 2,75 para os papéis preferenciais (SA:SLED4) e de 20,77% para os ordinários, a R$ 7,85, por volta das 13h26.

Sem considerar o resultado parcial de hoje, as ações PN acumularam ganhos de 82,35% em uma semana, enquanto as ON somam 316,67%. Somente ontem, as altas foram, respectivamente, de 64,24% e de 226,63%.

Na noite de ontem, a rede de livrarias informou que aceitou a exigência de um grupo de credores da companhia e concordou com o afastamento do presidente da empresa, Jorge Saraiva (SA:SLED4) Neto. Com isso, a companhia abre espaço para que seu plano de recuperação judicial, protocolado em novembro do ano passado, seja aprovado. A dívida estimada da Saraiva é de R$ 674 milhões.

De acordo com site do jornal Folha de S. Paulo, a mudança na direção era um pedido que foi realizado há cerca de 20 dias por 21 editoras de livros, entre elas quatro líderes de mercado, como Companhia das Letras, Melhoramentos, Nova Fronteira, Moderna, FTD e outras.

Diante do impasse, a companhia se viu obrigada a adiar a assembleia de credores por diversas vezes, sendo que a última estava prevista para a sexta-feira passada (23). A assembleia é a ocasião que o plano apresentado pela empresa é votado pelos credores.

Agora, a Saraiva (SA:SLED4) apresentou uma nova versão do plano de recuperação, já contemplando a mudança na gestão, que será apreciada e votada pelos credores na quinta-feira (29).

Plano

A rede de livrarias, no novo documento, firma o compromisso de contratar em 20 dias, após a homologação do plano, uma empresa para recrutar e elaborar uma lista com três nomes indicados para assumir a presidência da companhia.

Essa consultoria será também responsável por indicar nove nomes para ocupar pelo menos uma vaga no conselho de administração, com os credores tendo o poder de veto de quatro nomes.

Caso o plano não seja aprovado pelos credores, a Justiça pode decretar a falência da companhia.