IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

ABERTURA: Seguindo exterior, Ibovespa futuro começa a quarta-feira no vermelho

28/08/2019 09h38

O índice futuro do Ibovespa abre a sessão desta quarta-feira com perdas de 0,69% aos 97.335 pontos, seguindo a tendência das bolsas internacionais após inversão da curva de juros do título de 30 anos com o de 2 anos, com as persistentes incertezas na disputa comercial entre Estados Unidos e China como pano de fundo. Por aqui, a cena política tem destaque com o avanço da reforma da Previdência no Senado e ruídos políticos, entre os quais a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, a troca de farpas entre o governo brasileiro e o presidente da França Emmanuel Macron e denúncias de corrupção envolvendo o presidente da Câmara Rodrigo Maia.

O dólar comercial começa o dia com ganhos de 0,67% a R$ 4,1358.

O relator da reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), entregou nesta terça-feira seu parecer, que retira da proposta dispositivos relacionados à questão social e assistencial e estabelece, ainda, a cobrança de contribuição previdenciária de determinados setores.

O Banco Central ofertou dólares no mercado de câmbio à vista nesta terça-feira, em operação extraordinária e sem estar conjugada com outros instrumentos, em resposta à disparada da moeda para perto de níveis recordes na esteira de crescente demanda do mercado por uma atuação mais incisiva da autoridade monetária.

A taxa de corte anunciada —ou seja, a cotação mínima pela qual o BC aceitou ofertar os dólares ao mercado— foi de 4,125000 reais, bem abaixo do nível acima de 4,19 reais batido na máxima intradiária. Depois do anúncio da operação, o dólar virou e chegou a cair para 4,1235 reais (-0,45%).

Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta quarta-feira uma vez que a incerteza sobre a disputa comercial com os Estados Unidos ainda mantém os investidores nervosos, enquanto perde força o impacto positivo da última fase de inclusão de ações chinesas no MSCI.

Mais cedo nesta semana, o presidente dos EUA previu um acordo comercial com a China após gestos positivos de Pequim, mas o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que não está ciente de qualquer ligação feita aos EUA.

A questão envolvendo a credibilidade de Trump assumiu o palco central, disse Jingyi Pan, estrategista do IG Group.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,11%, a 20.479 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,19%, a 25.615 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,29%, a 2.893 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,38%, a 3.802 pontos.

A quarta-feira tem desempenho negativo para as principais praças acionárias da Europa. Em Frankfurt, o DAX recua 1,04% aos 11.607 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE cede 0,23% aos 7.073 pontos. Já em Paris, o CAC cede 0,92% aos 5.338 pontos.

COMMODITIES

A sessão desta quarta-feira foi marcada por uma nova queda nos preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para o mês de janeiro do próximo ano, a desvalorização foi de 0,84% a 588,00 iuanes por tonelada, o que representa variação diária de 5,00 iuanes.

A jornada também teve retração nas cotações dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato de maior liquidez, com entrega para janeiro do próximo calendário, cedeu 9 iuanes para um total de 3.317 iuanes para cada tonelada. Já o de outubro deste ano, segundo mais negociado, perdeu 6 iuanes para 3.611 iuanes por toneladas.

No caso o petróleo, o dia mostra-se positivo para os preços dos principais contratos. Em Nova York, o barril do tipo WTI tem alta de 1,46%, ou US$ 0,80, a US$ 55,73, enquanto que em Londres, o Brent avança 1,07%, ou US$ 0,63, a US$ 59,66.

MERCADO CORPORATIVO

- JBS (SA:JBSS3)

A JBS (SA:JBSS3) divulgou nesta quarta-feira que a sua controlada Pilgrim's Pride Corporation assinou um contrato para adquirir a Tulip Company, em uma transação avaliando a empresa britânica em 290 milhões de libras esterlinas (ou aproximadamente 354 milhões de dólares).

De acordo com o comunicado, a Tulip é líder na produção de carne suína e alimentos preparados com operações no Reino Unido, e a transação busca criar uma líder em proteína e alimentos preparados na Europa por meio da expansão do portfólio de alimentos preparados para 21% das vendas globais da Pilgrim´s.

A JBS (SA:JBSS3) disse que o preço de compra representa um múltiplo de 5,4 vezes o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) esperado e que a transação será totalmente financiada pelo caixa da Pilgrim's. O negócio acontece em um momento de grande demanda por carne suína pela China, cujo rebanho vem sendo reduzido pelo impacto da peste suína africana.

- Setor Aéreo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou nesta terça-feira que concedeu autorização no país para a subsidiária argentina da companhia aérea de baixo custo JetSmart, do fundo norte-americano Índigo Partners.

Segundo divulgou a agência reguladora do setor aéreo em seu website, a companhia pretende iniciar a operação de rotas internacionais partindo da Argentina para o Brasil.

Além da JetSmart, outras empresas vieram para o país desde mudança na legislação que permitiu que as companhias aéreas pudessem passar a cobrar em separado pelo despacho de bagagens, segundo a Anac: a europeia Norwegian, a chilena Sky Airlines e a argentina Flybondi.

- Cemig (SA:CMIG4)

A aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais à privatização da elétrica Cemig (SA:CMIG4) pode levar "no máximo" seis meses, disse nesta terça-feira o presidente da empresa, Cledorvino Belini.

Belini, que falou na Bolsa de Valores de Nova York antes de tocar a campainha de fechamento, disse não haver um prazo específico, uma vez que o governo envie o plano ao legislativo estadual.

Mas ele acrescentou que o Estado precisaria de meio ano para convencer os deputados sobre a venda da fatia controladora na companhia.

"Em minha visão, o tempo necessário para isso ocorrer seria no máximo de seis meses", afirmou Belini, ponderando que o Estado precisa de tempo para negociar e estabelecer a necessidade de privatização da companhia.

- Hidrovias do Brasil

A Hidrovias do Brasil, uma das maiores operadoras logísticas do país, está avaliando opções para expandir seus negócios em transporte por rios nas regiões Norte e Sul, à medida que se prepara para uma segunda onda de expansão, disse em entrevista um executivo da empresa.

Nos últimos nove anos, a Hidrovias investiu 1,2 bilhão de dólares no estabelecimento de infraestruturas logísticas na bacia do rio Amazonas e no sistema Paraná-Paraguai —neles, a empresa transporta grãos, minério de ferro, bauxita e celulose, além de outras commodities.

"Com o capex em cerca de metade do original, eu posso praticamente dobrar a capacidade de transportar cargas no Norte", disse à Reuters o diretor financeiro da companhia, Fabio Schettino, na segunda-feira.

Depois de assinar contratos "take-or-pay" de longo prazo com clientes como a mineradora Vale (SA:VALE3) e a comercializadora chinesa de grãos Cofco, Schettino afirmou que a Hidrovias "entregou seu plano original de negócios dentro do prazo e do orçamento", acrescentando que agora a empresa quer mais.

- Energia Elétrica

A geração de energia eólica no Nordeste do Brasil bateu na segunda-feira um novo recorde, alcançando média diária de 8,65 gigawatts (GW) médios, informou nesta terça-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo nota do órgão, a geração eólica representou 89% da carga do subsistema e superou o número de 15 de agosto, recorde anterior, de 8,467 GW médios. O fator de capacidade foi de 74%.

O Nordeste brasileiro é a principal região de geração eólica do Brasil, fonte que tem ampliado a representatividade no país nos últimos anos.

Em 2018, a fonte eólica representou mais de 8% da energia gerada para o sistema, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

- Soja

O Rio Grande do Sul poderá colher uma safra recorde de quase 20 milhões de toneladas de soja em 2019/20, estimou nesta terça-feira a Emater, órgão ligado ao governo gaúcho, prevendo aumentos de cerca de 2% no plantio e de 4,3% na produtividade média, na comparação com a temporada passada.

A área plantada chegaria a 5,9 milhões de hectares de soja, com um rendimento agrícola de 3,3 toneladas por hectare, informou a Emater ao apresentar em Esteio (RS), durante a 42ª Expointer, a primeira estimativa de área, produção e produtividade das principais culturas de verão no Estado.

"Consideramos os números bastante assertivos, porque temos uma amostra bastante forte para chegar à essa conclusão", disse o presidente da Emater, Geraldo Sandri, ressaltando que o levantamento envolveu 98% das áreas que plantam soja no Estado.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente começa a quarta-feira com a visita do presidente do Chile, Senhor Sebastián Piñera, participando em seguida de café da manhã com a Bancada do Rio de Janeiro. Bolsonaro ainda participa da cerimônia de Comemoração ao Dia Nacional do Voluntariado.

O presidente ainda se reúne com Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil; Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo; Senador Fernando Bezerra Coelho; Deputada Joice Hasselmann (PSL/SP); e Deputado Major Vitor Hugo (PSL/GO); Antonio Carlos Paiva Futuro, Secretário-Executivo da Secretaria-Geral da Presidência; e Entidades Representativas.

A manhã chega ao fim com encontro com Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo; e Paulo Skaf, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

Na parte da tarde, recebe Douglas Tavolaro, Presidente da CNN Brasil; seguida de reunião com Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores; Paulo Guedes, Ministro da Economia; Marcos Pontes, Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP); e Randall L. Stephenson, Presidente e CEO da AT&T.

Bolsonaro tem ainda reunião com André Luiz de Almeida, Advogado-Geral da União

- Paulo Guedes

O ministro da Economia, além da reunião com Bolsonaro, tem uma agenda de reuniões e audiências nesta quarta-feira. Confira a programação:

- Reunião semanal com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues;

- Reunião com o governador da Paraíba, João Azevêdo;

- Reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni;

- Acompanha o presidente da República, Jair Bolsonaro, em audiência com Randall Stephenson, CEO e Presidente AT&T;

- Reunião com o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.