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Varejistas lideram perdas do Ibovespa com lançamento do Amazon Prime no Brasil

10/09/2019 10h50

Na abertura dos negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista, as ações das principais varejistas brasileiras operam com expressiva queda, reagindo ao anúncio da Amazon (NASDAQ:AMZN) do lançando do Amazon Prime no Brasil, um combo de serviços com acesso a músicas, games, séries e filmes por streaming, além de frete grátis na entrega de produtos.

Com isso, por volta das 10h25, as ações da B2W (SA:BTOW3) recuavam 4,76% a R$ 41,43, as da Via Varejo (SA:VVAR3) 4,14% a R$ 6,73, as do Magazine Luiza (SA:MGLU3) 3,13% a R$ 33,14 e as da Lojas Americanas (SA:LAME4) 2,44% a R$ 17,99. Desta forma, os ativos lideram as perdas do Ibovespa.

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Atualmente, o Brasil é apenas o 19º mercado da marca americana. No país, o serviço Prime terá custo de R$ 89 ao ano, ou R$ 9,90 ao mês, que é um valor menor do que o aplicado nos Estados Unidos. Aqui, o assinante terá direito a frete grátis com entrega acelerada, ao serviço de streaming de vídeo Prime Video, ao novo serviço de streaming de música; a uma seleção de livros e revistas e ao Twitch Prime, que inclui bônus de jogos e conteúdo de jogos exclusivos.

Desta forma, os produtos que são vendidos diretamente pela Amazon (NASDAQ:AMZN) passam a ter frete grátis para os assinantes, o que atualmente é estimado em 500 mil itens. No entanto, os produtos de marketplace não são contemplados pela vantagem.

O Amazon (NASDAQ:AMZN) Prime também terá como vantagem a entrega mais rápida, de até 2 dias úteis para 90 cidades. Estão nesse grupo os municípios das regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio, além de Belo Horizonte, Distrito Federal e algumas cidades da região Sul.

Atualmente, a companhia tem dois centros de distribuição em Cajamar e não revela o segredo para cumprir a promessa de entrega em 48 horas: "Esse é o nosso molho secreto. A gente não conta", brinca Alex Szapiro, gerente geral da Amazon (NASDAQ:AMZN) no Brasil.

A Amazon (NASDAQ:AMZN) conta com um software próprio coordena a atuação de parceiros logísticos, como Loggi, Total e Correios, para que o tempo de entrega ao consumidor, que será sempre avisado, seja o mais preciso possível.

Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), apesar da Amazon (NASDAQ:AMZN) estar replicando no Brasil a estratégia que já deu certo em outros lugares, o e-commerce brasileiro passa por uma crescente consolidação com grandes nomes estabelecidos. Isso faz que a missão da varejista americana seja mais complicada, mas não impossível.

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Os analistas destacam que nomes como Magazine Luiza (SA:MGLU3), B2W (SA:BTOW3) e Mercado Livre se concentraram em aumentar o tráfego e os sortimentos em seus sites enquanto desenvolviam uma experiência do usuário premium, criando um ciclo virtuoso e favorecendo a consolidação.