Troca de bônus no exterior da Petrobras envolveu confidencialidade de estruturador
A operação de troca de bônus realizada pela Petrobras no exterior, concluída na última sexta-feira, teve como exigência por parte da estatal a confidencialidade dos participantes. O objetivo o negócio foi o prolongamento do perfil de dívidas, por meio da melhora do custo desses papéis. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
A Petrobras opera com perdas de 1,9% a R$ 27,52 depois de disparar 4,4% na segunda (16), com a subida do petróleo na esteira dos ataques à infraestrutura de produção e escoamento da commodity na Arábia Saudita.
A opção pelo sigilo foi para evitar que as informações das transações vazassem, o que poderia levar a volatilidade dos preços dos bônus enquanto os negócios eram realizados. De acordo com a publicação, assinaram o termo de confidencialidade Citi, Credit Agricole (PA:CAGR), HSBC, Mizuho, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Santander (SA:SANB11).
A operação foi considerada bem-sucedida, com a Petrobras reduzindo o custo de sua dívida e estendendo o prazo final para pagamento em alguns anos. Além disso, a estatal realizou a emissão de novos bônus que totalizam US$ 4,1 bilhões com o prazo de 30 anos, recomprando ainda US$ 6,7 bilhões de papéis que estavam no mercado. O jornal informa que a diferença foi coberta com recursos do caixa da companhia.
Política de preços
O presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras disseram na segunda-feira que a petroleira não planeja aumentar de imediato os preços dos combustíveis em resposta ao ataque a instalações de petróleo da Arábia Saudita, indicando que a estatal pode afrouxar temporariamente as regras de preços de mercado.
Em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que foi informado pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que apesar de os preços dos combustíveis estabelecidos pela empresa seguirem os valores internacionais, a recente alta do petróleo é "atípica".
"Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobras, Castello Branco. Ele me disse que como é algo atípico e, a princípio, tem um fim pra acabar, ele não dever mexer no preço de combustível", disse Bolsonaro.
Pouco após a divulgação da entrevista de Bolsonaro, a Petrobras divulgou um comunicado informando que não irá ajustar os preços dos combustíveis por ora, mas que observará as condições de mercado nos próximos dias e tomará uma decisão sobre preços no momento adequado.
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