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Guedes vê Brasil saindo da 'clínica de reabilitação' com reformas e privatizações

10/10/2019 10h52

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (10) que o Brasil está saindo da clínica de reabilitação com o novo ciclo político liberal democrata, substituindo a social democracia. O ministro participou da abertura do Fórum de Investimentos Brasil, realizado pelo governo federal em São Paulo (SP).

"Depois de três ou quarto décadas de atrasos, o país iniciou uma revolução com o que existe de melhor nos mercados ocidentais, que é a democracia aliada com a liberdade", disse o ministro, que destacou ainda a importância do país como uma sociedade aberta e com os três Poderes atuando de forma independente.

Guedes defendeu que o país vive uma nova ordem na economia com a aprovação de reformas no Congresso e reforçou a defesa da descentralização da distribuição de recursos com o novo pacto federativo.

"Já há uma mudança na fonte dos recursos dos investimentos fundamentais para o Brasil, que antes eram quase que totalmente estatais e agora a participação privada nos financiamentos está cada vez maior", explicou o ministro.

Segundo ele, o país passará por um novo ciclo de industrialização com o barateamento da energia elétrica após a abertura do mercado de gás do Brasil, retirando o monopólio de fato do combustível, que estava concentrado nas mãos da Petrobras (SA:PETR4).

Além das mudanças internas, o ministro fez coro à fala de seu colega das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que defendeu novos acordos comerciais. Ambos defenderam a reaproximação com os Estados Unidos, além de Japão e Israel.

"Quando assumimos, deixamos claro que liberdade econômica e política estão juntas. E o patriotismo vai levar para frente o país. As administrações anteriores pouco fizeram neste sentido. Pela primeira vez vamos fazer um liberalismo com o povo", disse o chefe do Itamarty.

Araújo ainda confirmou que o Brasil iniciará o processo de adesão à OCDE, movimento que recebeu formalmente o apoio dos EUA após promessa de Trump à Bolsonaro.

A OCDE reúne 36 países, entre os quais europeus, EUA, Canadá, México, Austrália, Turquia e Chile.