Ouro fecha um pouco acima de US$ 1500 sob leve otimismo com negociações comerciais
O otimismo de que os Estados Unidos e a China chegarão a algum tipo de acordo comercial preliminar deixou os contratos futuros de ouro um pouco acima do preço simbólico de US$ 1.500 nesta quinta-feira, com ações e ativos de risco disparando em meio à queda dos ativos de refúgios. Mas os analistas disseram que o ouro pode voltar a subir com os primeiros sinais de mais dificuldade no acordo.
"O ouro ainda está sendo negociado dentro do seu atual intervalo de consolidação e acredito que permanecerá lá até que haja uma atualização sobre a reunião do presidente Trump e do vice-primeiro-ministro Liu He, positiva ou negativa", disse Eric Scoles, estrategista de commodities do RJO Futures em Chicago.
"Quando o ouro estourar, considerarei um fechamento acima de US$ 1.519,0 como um forte sinal de alta, ou um fechamento abaixo de US $ 1.492,0 com forte baixa."
Os futuros do ouro para entrega em dezembro caíram US$ 11,90, ou 0,8%, para US $ 1.500,90 por onça. Foi negociado próximo ao nível de US$ 1.496,45, a mínima mais recente do metal dourado.
Mas, o ouro spot ficou abaixo de US$ 1.500 depois de quebrar esse suporte anteriormente. O preço à vista, refletindo as negociações de barras de ouro, caiu US$ 8,85, ou 0,6%, para US$ 1.496,83.42 às 15:17 (horário de Brasília).
Os Estados Unidos e a China podem anunciar um acordo comercial limitado esta semana, evitando uma nova escalada nas tensões comerciais, informou o The New York Times, citando um funcionário da Câmara de Comércio dos EUA que foi informado pelas duas equipes de negociação.
Myron Brilliant, vice-presidente executivo e chefe de assuntos internacionais da Câmara de Comércio, disse a repórteres na quinta-feira que estava "esperançoso" de que um acordo limitado para interromper um aumento de tarifa planejado em 15 de outubro emergisse das reuniões desta semana. O acordo incluiria as concessões que a China fez para os Estados Unidos, incluindo um acordo cambial, informou o relatório.
A Casa Branca também pode considerar remover a ameaça de tarifas adicionais que devem ser impostas em dezembro ou reduzir algumas das tarifas que já implementadas sobre mais de US$ 360 bilhões em produtos chineses, disse Brilliant.
No entanto, é improvável que o acordo trate dos principais pontos problemáticos, como as transferências forçadas de tecnologias, acusações de roubo de propriedade intelectual e os subsídios da China para suas empresas.
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