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BTG mantém Renner e Magalu como preferidas no varejo para 3º trimestre

15/10/2019 12h55

Com a proximidade da temporada de balanços, o BTG Pactual (SA:BPAC11) lança a seguinte pergunta para o setor de varejo e e-commerce: o que esperar dos números do terceiro trimestre? Para a equipe do banco mantém o otimismo mesmo diante de um cenário com fundamentos com melhora gradual.

Os analistas esperam volatilidade (especialmente com varejistas que negociam, em média, 22x P/E 2020). Nesse cenário, a preferência é por uma combinação de teses premium, com a Lojas Renner (SA:LREN3) como Top Pick, exposição ao comércio eletrônico brasileiro (Magazine Luiza (SA:MGLU3) é a escolha preferida) e chama exposição em relação à recuperação econômica, como B2W (SA:BTOW3) e CVC (SA:CVCB3).

Entre os pontos positivos, os analistas apontam que setembro foi o terceiro mês consecutivo de alta na confiança do consumidor e intenções de consumo, ajudado pela decisão do Copom de reduzir a taxa Selic para um recorde de 5,5%, e, e também início dos resgates de depósitos do FGTS por trabalhadores brasileiros (que devem ter efeitos positivos a partir do quarto trimestre de 2019).

Dessa forma, os números do terceiro trimestre não devem ser muito positivos para as empresas de cobertura do banco, que entende que para a maioria delas o pior já passou, com os investidores olhando muito mais para as tendências melhores para o setor de varejo.

A recomendação é de compra para Magazine Luiza (SA:MGLU3), Raia Drogasil (SA:RADL3), Lojas Renner (SA:LREN3) e B2W (SA:BTOW3), que devem, para os analistas, ser os principais destaques, com fortes números de linha de frente (ou GMV). No caso de Magazine Luiza, deve novamente registrar um crescimento estelar em sua operação de comércio eletrônico, ajudada pela aquisição da Netshoes (NYSE:NETS).

Para a Raia Drogasil (SA:RADL3), depois de lutar com as perspectivas competitivas no varejo farmacêutico, o entendimento é que o pior já passou (em uma tendência de virada), e esperam que o SSS de lojas maduras cresça cerca de 6%, com menos pressão na margem EBITDA em comparação com os trimestres anteriores. Como esperado, a B2W (SA:BTOW3) se beneficiou de uma melhor perspectiva econômica no terceiro trimestre, juntamente com um menor impacto em sua divisão 1P desde o término da Lei do Bem no final de 2018. Como resultado, a GMV deve crescer 26% a/a, com margens e geração FCF excelente também. O banco também prevê números operacionais resilientes (e aprimorados) nas Lojas Americanas (SA:LAME4 – compra) no período.

Varejo

Corroborando uma visão ainda cautelosa do banco para a recuperação das varejistas, a Hering (SA:HGTX3 - Neutro) deve apresentar um desempenho mais irregular no canal multimarcas (-5% a/a), mas enxerga melhores resultados nas lojas de franquia. Os varejistas de alimentos (GPA (SA:PCAR4) e Carrefour (SA:CRFB3)) enfrentarão uma menor inflação de alimentos no trimestre e uma perspectiva econômica mais difícil, atingindo margens e expansão da receita líquida. Enquanto isso, a International Meal Company (SA:MEAL3) (IMC) deve registrar uma queda no SSS de 5% e pressão na margem.

Para o BTG (SA:BPAC11), de fato há uma tendência melhora para o futuro, mas ainda segue cautelosamente otimistas com o setor, dado o ritmo gradual de recuperação econômica. Com as ações ainda negociando em uma opção muito mais descendente (com base no fluxo de notícias macro e, principalmente, nas expectativas para os próximos trimestres).