Eletrobras tem leve alta com proposta de aumento de capital de R$ 10 bi
As ações ordinárias da Eletrobras (SA:ELET3) são negociadas com leve valorização no início da tarde na B3, com o mercado reagindo à notícia de que a companhia convocou assembleia geral extraordinária de acionistas para deliberar sobre um aumento de capital por subscrição privada de até R$ 9,98 bilhões.
Após liderar as altas do Ibovespa durante a manhã, os papéis ordinários da estatal subiam 0,26% a R$ 34,43 às 13:16, enquanto as preferenciais (SA:ELET6) caíam 0,75% a R$ 35,83.
Um montante mínimo de 4,05 bilhões deverá ser subscrito e integralizado pela União, controladora da empresa, por meio da capitalização de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFACs), informou a estatal em comunicado na noite de segunda-feira.
As ações emitidas na operação terão preço unitário de 35,72 reais para os novos papéis ordinários e de 37,50 reais para os preferenciais de classe B, definido com base na média ponderada dos últimos 30 pregões da bolsa B3 antes de 7 de outubro pelo volume de ações negociadas no período, considerando-se deságio de 15%.
Os acionistas terão direito de preferência para a subscrição das novas ações na proporção de suas participações no capital da companhia.
"O deságio justifica-se devido ao prazo estimado de cerca de 60 dias entre a data de convocação assembleia geral de acionistas e o término do período de preferência de 30 dias, visando garantir que a proposta será atrativa para os investidores, uma vez que poderá haver variação do preço atualmente praticado até a data da efetiva subscrição e integralização", afirmou a Eletrobras.
A estatal acrescentou que os novos recursos levantados com a operação "têm por objetivo reforçar o caixa da companhia" e fazer frente a seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2013, incluindo despesas com planos de desligamento, desligamento de terceirizados, reperfilamento de passivos financeiros e desalavancagem.
A Eletrobras ainda explicou que haverá possibilidade de acionistas que têm direitos a dividendos referentes a 2018 ainda não pagos pela companhia utilizarem esses créditos para subscrever ações no aumento de capital, o que "poderá evitar o desembolso de caixa pela companhia".
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