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ABERTURA: Futuro do Ibovespa opera em leve após Previdência e cautela no exterior

23/10/2019 09h37

A jornada desta quarta-feira começou com leve queda de 0,12% aos 107.620 pontos para o índiceIbovespa Futuros, revertendo para leve alta de 0,09% a 107.860 pontos. O dólar comercial avança 0,19% a R$ 4,0893. Após uma sequência de otimismo, com a quebra de recorde histórico do principal índice da bolsa paulista, é possível que a quarta-feira dê sinais de correção, especialmente com a cautela imperando no exterior com quedas já registradas em alguns mercados europeus e nos futuros de Wall Street.

- Cenário Interno

Reforma da Previdência

O Senado encerrou nesta terça-feira a sessão de votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência sem concluir a análise de destaques que poderiam alterar o texto, diante do risco de derrota na votação de uma emenda que, se aprovada, poderia ter um impacto de até 70 bilhões de reais em uma década.

O plenário da Casa analisava uma emenda do PT, de autoria do senador Paulo Paim (RS), para retirar da PEC trechos do texto sobre periculosidade. O texto da PEC havia sido idealizado para evitar questionamentos jurídicos sobre o tema, encarado pelo governo como uma questão meramente trabalhista, mas que tem sido encarada na Justiça como um assunto previdenciário, resultando em aposentadorias especiais a algumas categorias.

Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), havia dúvida entre os senadores se a redação da PEC poderia prejudicar trabalhadores, razão pela qual decidiu encerrar a sessão, convocar uma nova para às 9h da quarta-feira e ainda encomendar a consultores da Câmara dos Deputados e do Senado que avaliem se o texto fere direitos e se a emenda força, caso aprovada, a PEC a retornar à Câmara dos Deputados.

Balanços

Depois da divulgação dos números da Indústrias Romi (SA:ROMI3), na noite de ontem, e da WEG (SA:WEGE3), na parte da manhã de hoje, a CSN (SA:CSNA3), a EDP (SA:ENBR3) Brasil e a Localiza (SA:RENT3) devem apresentar seus números do terceiro trimestre após o fechamento da sessão desta quarta-feira.

­- Cenário Internacional

Chile

Os parlamentares que participaram de uma cúpula de crise com a coalizão governista do presidente chileno, Sebastian Piñera, pediram na terça-feira reformas para combater a desigualdade, em resposta a distúrbios em todo o país que semearam o caos e deixaram 15 mortes e mais de 2.600 pessoas presas.

As frustrações com o alto custo de vida e o aumento das passagens de metrô em Santiago tornaram-se um ponto de inflamação política contra o governo de centro-direita de Piñera, que pediu que as negociações com os parlamentares definissem um "novo contrato social".

Quase todos os principais partidos de oposição de esquerda rejeitaram o convite para negociações até Piñera mostrar provas de salvaguarda dos direitos humanos dos manifestantes em meio a relatos de mão pesada das forças de segurança durante um fim de semana de tumultos.

Brexit

Uma nova eleição é a única maneira de o Reino Unido deixar a crise do Brexit caso a União Europeia concorde com um adiamento até janeiro, disse nesta terça-feira uma fonte no gabinete do primeiro-ministro Boris Johnson, descrevendo o Parlamento britânico como "totalmente quebrado".

Mais cedo nesta terça-feira, Johnson perdeu uma votação sobre seu cronograma preferido para aprovar uma legislação sobre o Brexit, o que o levou a interromper o processo e pedir para que a UE decida sobre o que chamou de pedido do Parlamento por um novo adiamento na saída do Reino Unido do bloco.

"No sábado, o Parlamento pediu um adiamento até janeiro, e hoje o Parlamento perdeu sua última chance. Se o adiamento for aprovado por Bruxelas, a única forma de o país ir em frente será com uma eleição", disse a fonte.

China

Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta quarta-feira, em meio à fraqueza nas ações do setor imobiliário conforme perdem forças as expectativas de suporte do governo para impulsionar a economia.

"Havia expectativas de algum estímulo que beneficiasse o setor (imobiliário) mas os números macroeconômicos, embora abaixo das expectativas, não são ruins o suficiente para justificar uma mudança significativa na política", disse Gerry Alfonso, analista da Shenwan Hongyuan Securities.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,34%, a 22.625 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,82%, a 26.566 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,43%, a 2.941 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,64%, a 3.871 pontos.

Na Europa, a quarta-feira mostra-se de rumos distintos para os principais mercados de ações. Em Frankfurt, o DAX recua 0,05% aos 12.748 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE avança 0,22% aos 7.228 pontos. Já em Paris, o CAC registra queda de 0,56% aos 5.626 pontos.

COMMODITIES

Mais uma vez, a sessão desta quarta-feira terminou de forma positiva para os preços dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de negócios, com data de vencimento para janeiro do próximo ano, somou 1,22% a 622,50 iuanes por tonelada, diante de um valor de liquidação de 613,00 da véspera, uma variação diária de 7,50 iuanes.

No caso do vergalhão de aço, a jornada também foi positiva, com ganhos para os papéis futuros transacionados na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato de maior liquidez, com entrega para janeiro de 2020, somou 8 iuanes para 3.312 iuanes por tonelada, enquanto que o de maio do mesmo ano, segundo mais negociado, avançou 4 iuanes para 3.189 iuanes por tonelada.

A quarta-feira é marcada por queda nos preços dos contratos internacionais do petróleo. O barril do tipo Brent, referência de Londres, cai 0,725, ou US$ 0,43, para US$ 59,27. Já em Nova York, o WTI cede 0,94%, ou US$ 0,51, a US$ 53,97.

MERCADO CORPORATIVO

- WEG (SA:WEGE3)

A WEG (SA:WEGE3) divulgou na manhã desta quarta-feira que encerou o terceiro trimestre do ano reportando lucro líquido de R$ 418,243 milhões, um avanço de 9,7% diante dos R$ 381,430 milhões registrados no mesmo período de 2018, e de 7,5%, diante dos R$ 389,002 milhões que foram registrados de abril a junho.

A companhia teve receita líquida sobre vendas de R$ 3,349 bilhões no período, superando em 3,5% os R$ 3,237 bilhões de um ano antes. Já o resultado das entradas no caixa da companhia no segundo trimestre foi de R$ 3,286, fazendo que os números divulgados hoje representem alta de 1,9%.

Desta forma, o Ebitda da empresa catarinense no terceiro trimestre foi de R$ 579,073 milhões, alta de 18,4% na base anual, quando foi de R$ 489,022 milhões. Já na comparação trimestral, o avanço é de 7,8%, para R$ 537,205 milhões. Assim, a margem Ebitda foi de 15,1% para 17,3% em um ano.

- Log Commercial

A Log Commercial Properties precificou na terça-feira oferta primária com esforços restritos a 22,50 reais por ação, em operação que movimentou 367,875 milhões de reais, de acordo com fato relevante disponível na Comissão de Valores Mobiliário (CVM) nesta quarta-feira.

A operação, coordenada por Banco BTG Pactual (SA:BPAC11), Bradesco BBI, Itaú BBA e XP Investimentos, previa a distribuição inicialmente de 21 milhões de ações, e potencial acréscimo de até 35% para atender eventual excesso de demanda (ações adicionais) - o que ocorreu, uma vez que foram emitidas 28.350.000 novas ações.

Após a oferta, o capital social da empresa de galpões logísticos passará a ser de 2,05 bilhões de reais, dividido em 102.159.154 ações ordinárias.

As Ações objeto da oferta restrita passarão a ser negociadas na B3 em 24 de outubro.

De acordo com a Log, os recursos líquidos provenientes da oferta restrita serão destinados ao cumprimento do plano de negócios da companhia, notadamente para crescimento das operações e investimento em novos empreendimentos.

- Indústrias Romi (SA:ROMI3)

A Indústrias Romi (SA:ROMI3) informou no final da tarde de terça-feira que encerrou o terceiro trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 27,891 milhões, um crescimento de 75,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 15,931 milhões, revertendo ainda o prejuízo de R$ 4,348 milhões entre abril e junho.

Nos três primeiros meses do segundo semestre, a companhia registrou receita operacional líquida de R$ 246,500 milhões, um ganho de 19,7% em relação aos R$ 205,954 milhões do mesmo intervalor do ano passado. Além disso, os números também representam um ganho de 46,8% aos R$ 167,859 do segundo trimestre.

Assim, o Ebitda ajustado da companhia foi a R$ 35,528 milhões, alta de 48,7% diante dos R$ 23,886 milhões na base anual, enquanto que, na trimestral, o crescimento foi de 431,2%, diante de R$ 6,688 milhões. Com isso, a margem Ebitda variou, em 12 meses, de 11,6% para 14,4%.

- Boeing

O principal executivo de aviões comerciais da Boeing, Kevin McAllister, está deixando a empresa, enquanto a fabricante de aviões lida com as consequências de duas quedas do 737 MAX que mataram centenas de pessoas, informou a empresa nesta terça-feira.

A Boeing nomeou o executivo da empresa Stan Deal para suceder a McAllister

Deal ingressou na Boeing em 1986 e antes tinha sido presidente e diretor executivo da Boeing Global Services. A Boeing ainda está trabalhando para obter aprovação para liberar o 737 MAX após as quedas que mataram 346 pessoas.

- Saudi Aramco

A tão aguardada listagem da gigante do petróleo Saudi Aramco no mercado de ações foi adiada após consultores de negócios afirmarem que precisam de mais tempo para atrair investidores fundamentais, disseram à Reuters três fontes com conhecimento direto do assunto.

Os preparativos para a operação ganharam força neste verão (do Hemisfério Norte), com abordagens a fundos soberanos, sauditas abastados e gestores de grandes fundos estrangeiros como possíveis investidores de base.

Esperava-se que a maior petroleira do mundo lançasse a venda doméstica de uma fatia de 1% a 2% na semana passada, mas o movimento foi prejudicado por contínuas preocupações com a avaliação da empresa, exacerbadas pelos recentes ataques às plantas da Aramco em Abqaiq e Khurais.

A Aramco não conseguiu responder totalmente a questões relacionadas à sua avaliação durante negociações iniciais com investidores, disse um investidor institucional da região do Golfo, que esteve envolvido nas discussões.

- EDP (SA:ENBR3) Brasil

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião nesta terça-feira a revisão tarifária periódica da elétrica EDP Distribuição São Paulo, da EDP Brasil ENBR3 (SA:ENBR3).SA, que terá como efeito médio para os consumidores uma redução de 5,3% nas contas de luz.

A EDP (SA:ENBR3) São Paulo atende 1,9 milhão de unidades consumidoras no Estado de São Paulo. Os consumidores residenciais sentirão redução ainda maior nas tarifas, de 6,45%, segundo a Aneel, enquanto clientes de alta tensão, como a indústria, terão redução de 3,53%.

- Café

As negociações envolvendo o café arábica no mercado brasileiro tiveram lentidão em outubro, reflexo da forte retração vendedora, em meio a preocupações quanto ao clima no país para a próxima safra, avaliou nesta terça-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Após a abertura das floradas em meados de setembro, muitos cafeicultores se mostraram apreensivos com as altas temperaturas e poucas chuvas registradas nas semanas seguintes, disse o centro de estudos da Esalq/USP em relatório.

"Nas regiões da Mogiana (SP), Zona da Mata (MG), Sul e Cerrado Mineiro, mais precipitações são essenciais para o pegamento das flores", ressaltou a análise do Cepea.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

Em viagem oficial á Ásia, o presidente da República se encontra nesta quarta-feira com a comunidade brasileira no Japão e, em seguida, com empresários japoneses do "Wise-men Group".

Na parte da tarde, Bolsonaro tem reunião com Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, fechando o dia comj oferecido pelo Primeiro Ministro aos Representantes Estrangeiros presentes à Cerimônia de Entronização.

- Paulo Guedes

- Audiência com Eduardo Leite, Governador do Estado do Rio Grande do Sul;

- Audiência com Ronaldo Caiado, Governador do Estado de Goiás.

*Com Reuters