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Petrobras avança quase 3% com resultado trimestral acima do esperado pelo mercado

25/10/2019 10h22

As ações da Petrobras operam com importante alta nesta sexta-feira, após a divulgação dos resultados no final da tarde de ontem, com lucro líquido de 9,09 bilhões no terceiro trimestre, alta de 36,8% ante o mesmo período do ano passado, apesar de uma queda nos preços do petróleo, em meio a uma redução no custo de extração do pré-sal para nível "sem precedentes".

Neste cenário, por volta das 10h20, os papéis da estatal tinham ganhos de 2,93% a R$ 29,15.

Contudo, houve uma queda de 51,8% no resultado líquido na comparação com o segundo trimestre, quando a empresa teve um resultado recorde.

Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado entre julho e setembro somou 32,6 bilhões de reais, alta de 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2018 e praticamente estável ante o segundo trimestre.

Na avaliação do Credit Suisse, que acreditava que o preço do petróleo iria pressionar o resultado da Petrobras, os números surpreenderam e a empresa entregou um Ebitda recorrente ex-IFRS de 15% acima do esperado. Já o lucro líquido ficou 9% acima das estimativas. O banco também, destacou a geração de caixa, levando à redução da dívida liquida em US$ 6,6 bilhões e a alavancagem caindo para um pouco abaixo de 2 vezes a relação entre dívida líquida e o Ebitda nos últimos doze meses.

Em mensagem, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que o desempenho do terceiro trimestre "já começa a refletir a implantação de nossa estratégia voltada para a criação de valor", que inclui foco em ativos de classe global, como a produção no pré-sal, e desinvestimentos bilionários do que não é considerado essencial.

O executivo lembrou que a companhia registrou um recorde de produção em agosto de 3 milhões de barris de óleo equivalente (boe), com um recorde diário de 3,1 milhões no mesmo mês.

Além disso, Castello Branco destacou que o custo caixa de extração ("lifting cost") no pré-sal alcançou nível "sem precedentes", de 5 dólares por boe, o que contribuiu para que o custo médio de extração da companhia fosse inferior a 10 dólares por boe (9,7 dólares/boe).