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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado nesta segunda-feira

28/10/2019 08h37

Será uma grande semana a que teremos pela frente para os mercados globais, com a expectativa de que o Fed reduza as taxas de juros novamente após mais um trimestre de insípido crescimento econômico (os números devem ser divulgados na quarta-feira).

Também foi um grande fim de semana para a Argentina, onde populistas de esquerda voltaram ao poder em um novo sinal de inquietação pela América do Sul e, para a Microsoft (NASDAQ:MSFT), que conquistou uma grande vitória no armazenamento em nuvem contra sua arqui-rival Amazon (NASDAQ:AMZN). Enquanto isso, na Europa, a União Europeia (UE) concordou formalmente com um adiamento de três meses no prazo para o Brexit.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros nesta segunda-feira, 28 de outubro.

1. Peronistas voltam ao poder na Argentina

O candidato populista de esquerda Alberto Fernandez venceu as eleições presidenciais na Argentina, colocando novas questões sobre a estabilidade do país do G-20, que está lutando para cumprir os termos de seu resgate de US$ 56 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O banco central da Argentina imediatamente apertou os controles de capital existentes, cortando a quantidade de dólares permitida que as pessoas podem comprar para US$ 200 por mês em relação ao limite anterior de US$ 10.000.

O resultado mostra um crescente descontentamento na América do Sul, causado pelo aperto das taxas de juros dos EUA no ano passado pelo Fed e pela queda nos preços das commodities como resultado da desaceleração econômica da China. Somente no último mês, houve distúrbios civis no Chile e no Equador, o último dos quais também está lutando sob um programa do FMI. Vale mencionar do impasse eleitoral na Bolívia, com a vitória em primeiro turno para um quarto mandato para o atual presidente Evo Morales contestada pela oposição e por outros países devido a possíveis fraudes.

No Peru, houve no início do mês uma grave crise institucional que deixou o país com dois presidentes por algumas horas graças a uma confusão na interpretação da Constituição. Mas o país andino lida com as dificuldades consequentes do impeachment de Pedro Paulo Kuczynski da Presidência, acusado de envolvimento em propinas com a empresa brasileira de construção civil Odebrecht.

2. Ações indicada para abrir perto de máximas históricas

As bolsas de valores dos EUA devem abrir com uma nova rodada de alta histórica nesta segunda-feira, depois que o Ministério do Comércio da China disse no fim de semana que as consultas técnicas sobre algumas partes do acordo interino que estavam sendo negociadas com os EUA estavam "basicamente concluídas".

Às 7h, os futuros do Dow subiam 74 pontos ou 0,3%, enquanto o S&P 500 futuros subia 0,2% e o Nasdaq 100 futuros era de 0,3%.

As notícias chegam no início de uma grande semana para os mercados globais, que foram arrastados para baixo na maior parte do ano pela desconfiança econômica causada pela disputa comercial EUA-China. A disputa causou uma desaceleração econômica que forçou a maioria dos bancos centrais do mundo a afrouxar substancialmente sua política monetária.

O comitê de formulação de política monetária do Federal Reserve deve decidir na quarta-feira se deve ou não cortar as taxas de juros pela terceira vez este ano (a ferramenta de Monitoramento da taxa do Fed do Investing.com diz que há uma chance de 93%). A decisão será divulgada após a primeira leitura do PIB dos EUA no terceiro trimestre. O Banco do Japão realizará sua própria reunião de elaboração de política monetária na quinta-feira, enquanto a zona do euro liberará o PIB do 3Tri no mesmo dia.

3. Microsoft (NASDAQ:MSFT) reivindica vitória "Jedi"

O governo dos EUA concedeu um contrato de vários bilhões de dólares para serviços de computação na nuvem à Microsoft (NASDAQ:MSFT), dando um duro golpe na Amazon (NASDAQ:AMZN), sua maior rival no setor.

O contrato da Joint Enterprise Defense Infrastructure, ou "Jedi", como é inevitavelmente conhecido, pode valer até US$ 10 bilhões, de acordo com reportagens.

A escolha é a ilustração mais clara ainda da crescente ameaça ao domínio da Amazon (NASDAQ:AMZN) Web Services (AWS) no negócio de hospedagem em nuvem. Isso é importante porque a AWS tem sido de longe o maior gerador de lucro da Amazon nos últimos anos. Os ganhos divulgados na semana passada mostraram que o crescimento trimestral das vendas da AWS diminuiu 35%, enquanto a unidade Azure da Microsoft (NASDAQ:MSFT) cresceu 59%.

Outros que investem pesadamente na rival da Amazon (NASDAQ:AMZN) incluem Google (NASDAQ:GOOGL), Alibaba e Oracle.

4. Ganhos da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) devem ser divulgados; LVMH faz oferta pela Tiffany

A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) lidera a lista de empresas que divulgam lucros trimestrais na segunda-feira. Espera-se que a empresa vá informar um lucro por ação de US$ 12,28 para US$ 40,3 bilhões em receita após o encerramento do mercado.

Os relatórios após o sino também terão Beyond Meat (NASDAQ:BYND), T-Mobile US e NXP.

Para fazer a bola rolar antes da abertura, também haverá atualizações da Walgreens Boots Alliance e AT&T, que será questionada sobre o ritmo de redução da dívida e os planos da empresa para transmitir o canal HBO.

No início da Europa, o Spotify (NYSE:SPOT) registrou ganhos um pouco acima das expectativas, enquanto o maior banco da Europa, o HSBC, sinalizou uma grande reestruturação pela frente, depois de registrar uma queda de 24% no lucro no terceiro trimestre. Enquanto isso, a LVMH confirmou uma abordagem para a Tiffany, estimada em cerca de US$ 14,5 bilhões.

5. UE aprova adiamento do Brexit

A União Europeia concordou formalmente em prorrogar por três meses o prazo do Brexit até o final de janeiro de 2020, de acordo com um tweet do presidente do Conselho da UE, Donald Tusk.

Espera-se que os termos exatos, que serão formalizados por escrito posteriormente, incluam a possibilidade de uma saída mais cedo se o Parlamento do Reino Unido puder ratificar o acordo de retirada firmado pela UE e pelo primeiro-ministro Boris Johnson há 10 dias.

A Câmara dos Comuns está programada para votar mais tarde ainda nesta segunda-feira, não sobre o acordo de retirada, mas sobre a possibilidade de realizar uma eleição geral em dezembro, na esperança de quebrar o impasse no Brexit. A chance de a Câmara aprovar legislação promulgando o acordo de retirada antes disso é pequena.

A libra registrou ganhos modestos em US$ 1,2848, enquanto o euro avançou mais em relação ao dólar, para US$ 1,1093.