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Duratex vê receitas e lucro caírem no 3º trimestre; ações recuam mais de 2%

30/10/2019 11h07

A Duratex (SA:DTEX3) apresentou R$ 1,308 bilhão de receita líquida consolidada no terceiro trimestre, resultado que representa queda de 13,5% em relação ao mesmo período de 2018, com a ressalva de que, desconsideradas a receita advinda da venda de terras e ativos biológicos para a Suzano (SA:SUZB3), ocorrida no 3T18, a receita líquida pro forma aumentou 2,4%, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. No acumulado dos nove meses de 2019, houve queda de 4,4% da receita líquida.

Desta forma, as ações eram negociadas com queda de 2,06% a R$ 12,83, por volta das 11h05 desta quarta-feira.

No período, o lucro líquido recorrente foi de R$ 30,5 milhões, queda de 50,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a setembro de 2019, o lucro líquido recorrente foi de R$ 119,2 milhões, em linha com o mesmo período de 2019. Esse desempenho reflete gastos com despesas gerais e administrativas e a piora do resultado financeiro da companhia, ambos relacionados à consolidação dos resultados da Cecrisa, além de gastos com a nova unidade de celulose solúvel.

O EBITDA ajustado e recorrente foi de R$ 237,9 milhões no período, com margem de 18,2%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 13,5% do EBITDA ajustado e recorrente, justificado pelo diferencial do resultado advindo da aquisição da Cecrisa.

Depois dos resultados, o BTG Pactual (SA:BPAC11) informou que mantém a recomendação de compra para o ativo, mesmo que sessa convicção seja baixa. Os analistas acreditam na história de crescimento plurianual e na expansão estrutural do ROE. No entanto, ficaram um pouco decepcionados com a recuperação dos ganhos até agora (2019).

Para a equipe, esta não é uma história barata baseada em múltiplos no curto prazo, mas o potencial de longo prazo do ROE tem base material, fazendo com que o banco acredite que esse é o aspecto crítico do caso de investimento. Os analistas enxergam a negociação de ações acima de 10 vezes o EBITDA 19, o que é considerado caro, mas entendem que há espaço para compressão adiante.