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Com prejuízo de R$ 47,8 milhões, Azul opera com leve queda na tarde de 5ª

07/11/2019 14h14

Na tarde desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da Azul são negociadas com leve valorização, depois da companhia informar que fechou o terceiro trimestre de 2019 com prejuízo de R$ 47,8 milhões, alta de 816% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ajustado pelo impacto não-caixa da variação cambial, o resultado na linha teria ficado positivo em R$ 441,4 milhões, crescimento de 56,7% na comparação anual.

Com isso, os papéis eram negociados com ganhos de 0,10% a R$ 51,78, por volta das 13h50.

A aérea informou que teve uma despesa financeira líquida de R$ 1,028 bilhão, 88,7% maior que a cifra negativa observada há um ano. Desta forma, linha foi impactada principalmente pela perda cambial não-caixa de R$ 879,4 milhões (avanço de 167,0% no), relacionada à elevação da dívida denominada em moeda estrangeira devido à depreciação de 8,7% do real entre 30 de junho e 30 de setembro de 2019.

"Nosso bond emitido em dólares está totalmente protegido. Portanto, qualquer variação cambial que impacte esses empréstimos é compensada por uma mudança nos instrumentos financeiros derivativos", acrescenta a companhia.

Já o Ebitda da Azul foi de R$ 935,8 milhões no trimestre, 24,4% maior diante do terceiro trimestre do ano passado, com a margem Ebitda ficando em 30,9%, 0,3 ponto porcentual abaixo do visto um ano antes. Já o resultado operacional (Ebit) aumentou 31,4%, para R$ 559,3 milhões, com margem de 18,5% (+0,8 p.p.).

A receita líquida da Azul, por sua vez, atingiu R$ 3,03 bilhões, alta de 25,5% na comparação anual.

Na avaliação da XP Investimentos, os resultados da companhia ficaram um pouco abaixo do esperado, refletindo um yield cerca de 2% abaixo do que era esperado, impacto que se carregou para as outras linhas do resultado.

"Em geral, mesmo com números levemente abaixo em termos absolutos, o terceiro trimestre foi marcado por um crescimento forte e saudável das receitas, impulsionado principalmente pelo forte crescimento de oferta por parte da companhia no mercado doméstico e acompanhado de um crescimento sólido da demanda, permitindo assim uma precificação saudável", apontou a analista Bruna Pezzin, em relatório enviado pela corretora a sua base de clientes.