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ABERTURA: Ibov futuro inicia com ganhos após Copom e perspectiva de rating da S&P

12/12/2019 09h20

A jornada desta quinta-feira começa com valorização para o índice Ibovespa Futuros, de 0,43% aos 111.485 pontos, enquanto que o dólar sobe 0,03% a R$ 4,1251. O mercado deve repercutir a decisão da redução dos juros no cenário local, bem como a decisão da S&P de elevar, de estável para positiva, a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB-. A questão comercial entre Estados Unidos e China também segue no radar.

- Cenário Interno

Copom

O Banco Central reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,5 ponto percentual pela quarta vez consecutiva, à nova mínima histórica de 4,5%, e indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

O BC também passou a ver menos riscos baixistas para a inflação, ao passo que elevou suas projeções para o IPCA neste ano, deixando-o mais perto da meta oficial. Ainda que não tenha fechado as portas para nova redução nos juros básicos, portanto, a autoridade monetária sinalizou que o caminho não está claro como outrora.

"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária", trouxe o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

S&P

A agência de classificação de risco de crédito S&P elevou nesta quarta-feira, de estável para positiva, a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB-.

Embora preveja que a relação dívida/PIB do país deva continuar a crescer nos próximos três anos, a agência citou a perspectiva de melhora da posição fiscal do país, após a aprovação da reforma da Previdência e com a perspectiva de continuidade da agenda fiscal em 2020.

"O viés positivo reflete perspectivas para uma elevação da nota em dois anos se progressos adicionais -sejam em priorização, aprovação ou execução— da ampla agenda fiscal e de crescimento do governo permitirem uma redução mais rápida dos déficits fiscais do Brasil e uma estabilização da dinâmica de dívida", afirmou a S&P em comunicado.

A nota do país está três graus abaixo da categoria "grau de investimento", selo concedido a economias cujas dívidas soberanas são consideradas de baixo risco de calote.

- Cenário Externo

EUA e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se reunir com seus principais assessores econômicos e comerciais na quinta-feira para discutir se deve impor tarifas planejadas para 15 de dezembro sobre quase 160 bilhões de dólares em bens de consumo chineses, segundo duas fontes familiarizadas com os planos.

A expectativa é que a reunião envolva o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer; o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; e os assessores da Casa Branca Larry Kudlow e Peter Navarro, disseram as fontes.

Uma pessoa informada sobre a situação disse à Reuters na terça-feira que uma decisão de avançar com as tarifas de 15 de dezembro poderia atrapalhar as negociações para encerrar a guerra comercial de 17 meses entre as duas maiores economias do mundo pelo restante do mandato de Trump.

Argentina

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, disse nesta quarta-feira que a situação econômica do país é de "extrema fragilidade" e que o novo governo precisa resolver uma situação de "default virtual" e reavivar o crescimento para evitar ajustes econômicos mais duros.

Guzmán, em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo na terça-feira, afirmou que o país quer manter um bom relacionamento com os credores, mas disse que um acordo atual com o Fundo Monetário Internacional (FMI) não está funcionando.

Entre os vários problemas que o novo ministro terá que enfrentar está a renegociação da dívida argentina, em torno de 100 bilhões de dólares, em meio a uma economia em recessão, com uma inflação anual que supera os 50%.

Impeachment de Trump

À medida que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos se aproxima do impeachment de Donald Trump, questões maiores surgem no Senado, onde o presidente pode estar caminhando para um raro conflito com seus aliados republicanos sobre como um eventual julgamento será conduzido.

O Comitê Judiciário da Câmara deve se reunir na noite desta quarta-feira para considerar artigos formais de impeachment acusando Trump de abusar de seu poder ao tentar forçar a Ucrânia a investigar um rival político e de obstruir o Congresso quando os parlamentares tentaram investigar o assunto.

O comitê deve aprovar acusações na quinta-feira. A Câmara, que é controlada pelos democratas, provavelmente seguirá o exemplo na próxima semana, tornando Trump o terceiro presidente da história dos EUA a sofrer processo de impeachment.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,14%, a 23.424 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,31%, a 26.994 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,30%, a 2.915 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,30%, a 3.891 pontos.

A quinta-feira dá sinais levemente positivo nos mercados de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,15% aos 13.167 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 0,63% aos 7.259 pontos. Já em Paris, o CAC avança 0,10% aos 5.866 pontos.

COMMODITIES

A jornada desta quinta-feira, na bolsa de mercadorias de Dalian, na China, foi marcada pela leve desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo com o maior volume de negócios, com vencimento para o mês de maio do próximo ano, apresentou queda de 0,15% para um total de 651,00 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 1 iuan, sendo que o valor de liquidação da véspera foi de 650,00 iuanes/t.

Em relação ao vergalhão de aço, a sessão teve também leve queda no papel futuro principal que está sendo transacionado na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato com vencimento em maio de 2020, o de maior liquidez, cedeu 4 iuanes para 3.524 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro, segundo mais negociado, somou 28 iuanes para 3.749 iuanes por tonelada.

No caso do petróleo, os mercados internacionais do produto registram valorização no dia, com o Brent, de Londres, avançando 0,75%, ou US$ 0,48, a US$ 64,20. Já em Nova York, o barril do tipo WTI tem alta de 0,49%, ou US$ 0,29, a US$ 59,05.

MERCADO CORPORATIVO

- Pão de Açúcar (SA:PCAR4)

O GPA espera que a unidade de atacarejo Assaí atinja vendas brutas de 50 bilhões de reais até o final de 2022, conforme a empresa dona das bandeiras Pão de Açúcar (SA:PCAR4) e Extra continua o processo de expansão orgânica.

A companhia prevê abertura de 20 novas lojas por ano no Brasil até 2021, e vê potencial para converter cerca de 25 hipermercados Extra para o formato Assaí, que será expandido para a Colômbia em 2020, afirmou o presidente-executivo do grupo, Peter Estermann, nesta quarta-feira.

"Vamos abrir nossa primeira loja Assaí fora do Brasil para testes", disse Estermann a jornalistas antes de encontro com investidores. Ele acrescentou que a primeira loja Assaí na Colômbia terá cerca de 5 mil metros quadrados e estará bem posicionada para competir com outros grupos no segmento no país.

A abertura acontecerá depois do GPA (SA:PCAR4) concluir uma oferta para comprar ações da Éxito, como parte de estratégia de reestruturação de ativos latino-americanos de seu controlador, o grupo francês Casino.

- Petrobras (SA:PETR4)

Cessão Onerosa

A Petrobras (SA:PETR4) pagou à União 34,42 bilhões de reais, referentes a parcela do bônus de assinatura da aquisição do bloco de Búzios, na licitação de volumes de óleo e gás excedentes ao contrato da cessão onerosa, em novembro, informou a companhia nesta quarta-feira.

Diante do pagamento, a União repassou à Petrobras (SA:PETR4) 34,414 bilhões de reais, referentes ao valor previsto no termo aditivo ao contrato da cessão onerosa, que foi atualizado pela taxa Selic até a data de pagamento.

O governo, com dificuldades fiscais, contava com recursos do leilão para pagar os valores devidos à Petrobras (SA:PETR4), com a renegociação do contrato da cessão onerosa, que originalmente havia sido assinado em 2010.

A Petrobras (SA:PETR4) arrematou dois blocos no leilão de novembro. Por Búzios, arcou com 61,38 bilhões de reais para ter 90% de participação nessa área —as chinesas CNODC e CNOOC ficaram com o restante, com 5% cada.

A jornada desta quinta-feira começa com valorização para o índice futuro do Ibovespa, de 0,43% aos 111.485 pontos, enquanto que o dólar recua 0,11% a R$ 4,1192. O mercado deve repercutir a decisão da redução dos juros no cenário local, bem como a decisão da S&P de elevar, de estável para positiva, a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB-. A questão comercial entre Estados Unidos e China também segue no radar.

TAG

A Petrobras (SA:PETR4) iniciou a etapa de divulgação de oportunidade ("teaser") para a venda de sua participação de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG), informou a empresa em fato relevante divulgado nesta quarta-feira.

A fatia representa a participação remanescente da petroleira na empresa de gasodutos, após ter vendido neste ano 90% da companhia à Engie (SA:EGIE3) e ao fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) por cerca de 33,5 bilhões de reais.

A Petrobras (SA:PETR4) havia dito na semana passada que pretende vender "com prêmio" sua parcela de 10% na TAG, um dia após a Engie (SA:EGIE3) afirmar que planeja exercer o direito de preferência na compra.

O "teaser" contém as principais informações e o critério de elegibilidade para a participação de interessados no negócio, disse a petroleira, que tem acelerado desinvestimentos neste ano, visando principalmente reduzir sua dívida.

Produção

A Petrobras (SA:PETR4) deverá superar em 2019 a meta de produção de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), após a empresa registrar recordes em novembro, afirmou nesta quarta-feira o diretor de Exploração e Produção, Carlos Alberto Pereira de Oliveira.

Em entrevista a jornalistas, o executivo afirmou que a extração deverá fechar o ano com média diária próxima ao teto do intervalo do objetivo, que varia de 2,5% para cima ou para baixo.

Em novembro, a produção de petróleo e gás da Petrobras (SA:PETR4) atingiu um recorde de 3,1 milhões de boe/d, marcando também uma máxima diária de 3,2 milhões de boe/d no mês, ressaltou o Oliveira.

Para o ano que vem, a empresa informou em seu plano de negócios expectativa de produção de 2,7 milhões de boe/d, em linha com este ano.

Novo Mercado

A Petrobras (SA:PETR4) está em negociações para listar em 2020 pelo menos duas companhias —Braskem (SA:BRKM5) e Gaspetro— no Novo Mercado da B3, mais alto nível de governança da bolsa paulista, como parte de um plano de desinvestimentos que busca otimizar o valor dos ativos.

Em ambos os casos, a petroleira encontrou alguma resistência de seus sócios com a operação, mas as conversas seguem como uma boa alternativa para a empresa, que vê no mercado de capitais um caminho interessante para vender ativos, disse nesta quarta-feira o presidente da Petrobras (SA:PETR4) Roberto Castello Branco.

"Nós gostamos de usar o mercado de capitais, é uma forma mais democrática, mais transparente, e o mercado de capitais está crescendo no Brasil. É importante para o Brasil um mercado de capitais sólido", disse o executivo, ao participar de café da manhã de fim de ano com a imprensa, na sede da companhia no Rio.

No caso da Gaspetro, a estatal está em negociações com a japonesa Mitsui para a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

- Cartões

O montante financeiro das compras pagas com cartões de crédito e de débito no Brasil deve atingir cerca de 2,3 trilhões de reais em 2020, previu nesta quarta-feira o presidente da MasterCard para Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto.

"Isso deve vir com o contínuo aumento do uso dos cartões em relação a outras formas de pagamentos e com o crescimento da economia", disse Paro Neto a jornalistas.

Se confirmado, o número mostrará aceleração para 24% ante o aumento de 18,5% previsto para 2019 pela entidade que representa as empresas do setor, Abecs, para 1,85 trilhão de reais.

Estimativas do mercado apontam que os pagamentos com cartões devem representar cerca de 45% do consumo das famílias neste ano. Segundo Paro Neto, esse percentual deve subir para cerca de 60% nos próximos anos, à medida que meios como cheque e dinheiro são gradualmente substituídos por meios eletrônicos.

- XP

A plataforma de serviços financeiros XP, que fez sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq nesta quarta-feira, vai usar o 1 bilhão de dólares de sua oferta de ações para impulsionar o crescimento de sua unidade bancária.

O presidente-executivo da companhia, Guilherme Benchimol, afirmou a jornalistas que com a ampliação de sua oferta de produtos financeiros, incluindo cartões de crédito pela primeira vez, a companhia vai capturar uma parcela maior dos ativos de seus atuais clientes.

Benchimol estima que os clientes investem 45% de suas economias na XP, com o restante ficando com bancos de varejo. "A concentração bancária no Brasil é brutal", disse ele.

Fundada em 2001 como uma assessoria financeira independente, a XP acumula mais de 1,5 milhão de clientes e 350 bilhões de reais sob gestão.

- Linx (SA:LINX3) e B2W (SA:BTOW3)

A B2W (SA:BTOW3) anunciou nesta quarta-feira que assinou memorando de entendimentos com a Linx (SA:LINX3), permitindo que ela conecte lojistas ao marketplace da plataforma de comércio eletrônico.

Assim, lojistas parceiros da Linx (SA:LINX3) poderão vender no B2W (SA:BTOW3) Marketplace sem a necessidade de se conectarem individualmente à plataforma, e tendo maior facilidade na integração de estoques e no gerenciamento de vendas, diz o comunicado.

Além disso, lojas físicas poderão ser habilitadas para coleta, retirada e envio de produtos, permitindo que os clientes tenham acesso à retirada do produto na loja em até uma hora ou entrega a partir da loja em até 2 horas no endereço indicado.

- WEG (SA:WEGE3)

A WEG (SA:WEGE3), que fabrica desde motores elétricos até tintas industriais, definiu os Estados Unidos como região chave para a expansão de seu negócio de transformadores e já duplicou a presença com esses equipamentos na América do Norte nos últimos dois anos, disse à Reuters um diretor da companhia.

A empresa tem atuado no mercado norte-americano por meio de quatro fábricas, duas delas em Washington, no Estado de Missouri, e duas no México, que produzem atualmente mais de 2 mil transformadores por ano para venda na região, incluindo também o Canadá.

"A partir de 2017 o negócio realmente deslanchou. De 2017 para cá, duplicamos nossa presença em transformadores na América do Norte, fornecendo principalmente para o mercado de energias renováveis. Hoje posso te assegurar que nos EUA a WEG (SA:WEGE3), em transformadores, é líder de mercado em renováveis", afirmou o diretor superintendente da WEG T&D, Carlos Diether Prinz.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

Nesta quinta-feira, o presidente da República participa da cerimônia alusiva à visita ao Estado do Tocantins, indo no final da tarde para o Rio de Janeiro para a solenidade de entrega de espadas aos formandos da turma "José Vitoriano Aranha da Silva".

- Paulo Guedes

- Solenidade Aposição da Fotografia do Ministro Raimundo Carreiro na Galeria dos Presidentes do Tribunal de Contas da União;

- 38ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;

- Almoço de fim de ano com deputados da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos;

- Reunião semanal com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues;

- Reunião semanal com o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar.

*Com Reuters

- Cenário Interno

Copom

O Banco Central reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,5 ponto percentual pela quarta vez consecutiva, à nova mínima histórica de 4,5%, e indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

O BC também passou a ver menos riscos baixistas para a inflação, ao passo que elevou suas projeções para o IPCA neste ano, deixando-o mais perto da meta oficial. Ainda que não tenha fechado as portas para nova redução nos juros básicos, portanto, a autoridade monetária sinalizou que o caminho não está claro como outrora.

"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária", trouxe o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

S&P

A agência de classificação de risco de crédito S&P elevou nesta quarta-feira, de estável para positiva, a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB-.

Embora preveja que a relação dívida/PIB do país deva continuar a crescer nos próximos três anos, a agência citou a perspectiva de melhora da posição fiscal do país, após a aprovação da reforma da Previdência e com a perspectiva de continuidade da agenda fiscal em 2020.

"O viés positivo reflete perspectivas para uma elevação da nota em dois anos se progressos adicionais -sejam em priorização, aprovação ou execução— da ampla agenda fiscal e de crescimento do governo permitirem uma redução mais rápida dos déficits fiscais do Brasil e uma estabilização da dinâmica de dívida", afirmou a S&P em comunicado.

A nota do país está três graus abaixo da categoria "grau de investimento", selo concedido a economias cujas dívidas soberanas são consideradas de baixo risco de calote.

- Cenário Externo

EUA e China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se reunir com seus principais assessores econômicos e comerciais na quinta-feira para discutir se deve impor tarifas planejadas para 15 de dezembro sobre quase 160 bilhões de dólares em bens de consumo chineses, segundo duas fontes familiarizadas com os planos.

A expectativa é que a reunião envolva o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer; o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; e os assessores da Casa Branca Larry Kudlow e Peter Navarro, disseram as fontes.

Uma pessoa informada sobre a situação disse à Reuters na terça-feira que uma decisão de avançar com as tarifas de 15 de dezembro poderia atrapalhar as negociações para encerrar a guerra comercial de 17 meses entre as duas maiores economias do mundo pelo restante do mandato de Trump.

Argentina

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, disse nesta quarta-feira que a situação econômica do país é de "extrema fragilidade" e que o novo governo precisa resolver uma situação de "default virtual" e reavivar o crescimento para evitar ajustes econômicos mais duros.

Guzmán, em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o cargo na terça-feira, afirmou que o país quer manter um bom relacionamento com os credores, mas disse que um acordo atual com o Fundo Monetário Internacional (FMI) não está funcionando.

Entre os vários problemas que o novo ministro terá que enfrentar está a renegociação da dívida argentina, em torno de 100 bilhões de dólares, em meio a uma economia em recessão, com uma inflação anual que supera os 50%.

Impeachment de Trump

À medida que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos se aproxima do impeachment de Donald Trump, questões maiores surgem no Senado, onde o presidente pode estar caminhando para um raro conflito com seus aliados republicanos sobre como um eventual julgamento será conduzido.

O Comitê Judiciário da Câmara deve se reunir na noite desta quarta-feira para considerar artigos formais de impeachment acusando Trump de abusar de seu poder ao tentar forçar a Ucrânia a investigar um rival político e de obstruir o Congresso quando os parlamentares tentaram investigar o assunto.

O comitê deve aprovar acusações na quinta-feira. A Câmara, que é controlada pelos democratas, provavelmente seguirá o exemplo na próxima semana, tornando Trump o terceiro presidente da história dos EUA a sofrer processo de impeachment.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,14%, a 23.424 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,31%, a 26.994 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,30%, a 2.915 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,30%, a 3.891 pontos.

A quinta-feira dá sinais levemente positivo nos mercados de ações da Europa. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,15% aos 13.167 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE soma 0,63% aos 7.259 pontos. Já em Paris, o CAC avança 0,10% aos 5.866 pontos.

COMMODITIES

A jornada desta quinta-feira, na bolsa de mercadorias de Dalian, na China, foi marcada pela leve desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo com o maior volume de negócios, com vencimento para o mês de maio do próximo ano, apresentou queda de 0,15% para um total de 651,00 iuanes por tonelada, o que representa uma variação diária de 1 iuan, sendo que o valor de liquidação da véspera foi de 650,00 iuanes/t.

Em relação ao vergalhão de aço, a sessão teve também leve queda no papel futuro principal que está sendo transacionado na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato com vencimento em maio de 2020, o de maior liquidez, cedeu 4 iuanes para 3.524 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro, segundo mais negociado, somou 28 iuanes para 3.749 iuanes por tonelada.

No caso do petróleo, os mercados internacionais do produto registram valorização no dia, com o Brent, de Londres, avançando 0,75%, ou US$ 0,48, a US$ 64,20. Já em Nova York, o barril do tipo WTI tem alta de 0,49%, ou US$ 0,29, a US$ 59,05.

MERCADO CORPORATIVO

- Pão de Açúcar (SA:PCAR4)

O GPA espera que a unidade de atacarejo Assaí atinja vendas brutas de 50 bilhões de reais até o final de 2022, conforme a empresa dona das bandeiras Pão de Açúcar (SA:PCAR4) e Extra continua o processo de expansão orgânica.

A companhia prevê abertura de 20 novas lojas por ano no Brasil até 2021, e vê potencial para converter cerca de 25 hipermercados Extra para o formato Assaí, que será expandido para a Colômbia em 2020, afirmou o presidente-executivo do grupo, Peter Estermann, nesta quarta-feira.

"Vamos abrir nossa primeira loja Assaí fora do Brasil para testes", disse Estermann a jornalistas antes de encontro com investidores. Ele acrescentou que a primeira loja Assaí na Colômbia terá cerca de 5 mil metros quadrados e estará bem posicionada para competir com outros grupos no segmento no país.

A abertura acontecerá depois do GPA (SA:PCAR4) concluir uma oferta para comprar ações da Éxito, como parte de estratégia de reestruturação de ativos latino-americanos de seu controlador, o grupo francês Casino.

- Petrobras (SA:PETR4)

Cessão Onerosa

A Petrobras (SA:PETR4) pagou à União 34,42 bilhões de reais, referentes a parcela do bônus de assinatura da aquisição do bloco de Búzios, na licitação de volumes de óleo e gás excedentes ao contrato da cessão onerosa, em novembro, informou a companhia nesta quarta-feira.

Diante do pagamento, a União repassou à Petrobras (SA:PETR4) 34,414 bilhões de reais, referentes ao valor previsto no termo aditivo ao contrato da cessão onerosa, que foi atualizado pela taxa Selic até a data de pagamento.

O governo, com dificuldades fiscais, contava com recursos do leilão para pagar os valores devidos à Petrobras (SA:PETR4), com a renegociação do contrato da cessão onerosa, que originalmente havia sido assinado em 2010.

A Petrobras (SA:PETR4) arrematou dois blocos no leilão de novembro. Por Búzios, arcou com 61,38 bilhões de reais para ter 90% de participação nessa área —as chinesas CNODC e CNOOC ficaram com o restante, com 5% cada.

TAG

A Petrobras (SA:PETR4) iniciou a etapa de divulgação de oportunidade ("teaser") para a venda de sua participação de 10% na Transportadora Associada de Gás (TAG), informou a empresa em fato relevante divulgado nesta quarta-feira.

A fatia representa a participação remanescente da petroleira na empresa de gasodutos, após ter vendido neste ano 90% da companhia à Engie (SA:EGIE3) e ao fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) por cerca de 33,5 bilhões de reais.

A Petrobras (SA:PETR4) havia dito na semana passada que pretende vender "com prêmio" sua parcela de 10% na TAG, um dia após a Engie (SA:EGIE3) afirmar que planeja exercer o direito de preferência na compra.

O "teaser" contém as principais informações e o critério de elegibilidade para a participação de interessados no negócio, disse a petroleira, que tem acelerado desinvestimentos neste ano, visando principalmente reduzir sua dívida.

Produção

A Petrobras (SA:PETR4) deverá superar em 2019 a meta de produção de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), após a empresa registrar recordes em novembro, afirmou nesta quarta-feira o diretor de Exploração e Produção, Carlos Alberto Pereira de Oliveira.

Em entrevista a jornalistas, o executivo afirmou que a extração deverá fechar o ano com média diária próxima ao teto do intervalo do objetivo, que varia de 2,5% para cima ou para baixo.

Em novembro, a produção de petróleo e gás da Petrobras (SA:PETR4) atingiu um recorde de 3,1 milhões de boe/d, marcando também uma máxima diária de 3,2 milhões de boe/d no mês, ressaltou o Oliveira.

Para o ano que vem, a empresa informou em seu plano de negócios expectativa de produção de 2,7 milhões de boe/d, em linha com este ano.

Novo Mercado

A Petrobras (SA:PETR4) está em negociações para listar em 2020 pelo menos duas companhias —Braskem (SA:BRKM5) e Gaspetro— no Novo Mercado da B3, mais alto nível de governança da bolsa paulista, como parte de um plano de desinvestimentos que busca otimizar o valor dos ativos.

Em ambos os casos, a petroleira encontrou alguma resistência de seus sócios com a operação, mas as conversas seguem como uma boa alternativa para a empresa, que vê no mercado de capitais um caminho interessante para vender ativos, disse nesta quarta-feira o presidente da Petrobras (SA:PETR4) Roberto Castello Branco.

"Nós gostamos de usar o mercado de capitais, é uma forma mais democrática, mais transparente, e o mercado de capitais está crescendo no Brasil. É importante para o Brasil um mercado de capitais sólido", disse o executivo, ao participar de café da manhã de fim de ano com a imprensa, na sede da companhia no Rio.

No caso da Gaspetro, a estatal está em negociações com a japonesa Mitsui para a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

- Cartões

O montante financeiro das compras pagas com cartões de crédito e de débito no Brasil deve atingir cerca de 2,3 trilhões de reais em 2020, previu nesta quarta-feira o presidente da MasterCard para Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto.

"Isso deve vir com o contínuo aumento do uso dos cartões em relação a outras formas de pagamentos e com o crescimento da economia", disse Paro Neto a jornalistas.

Se confirmado, o número mostrará aceleração para 24% ante o aumento de 18,5% previsto para 2019 pela entidade que representa as empresas do setor, Abecs, para 1,85 trilhão de reais.

Estimativas do mercado apontam que os pagamentos com cartões devem representar cerca de 45% do consumo das famílias neste ano. Segundo Paro Neto, esse percentual deve subir para cerca de 60% nos próximos anos, à medida que meios como cheque e dinheiro são gradualmente substituídos por meios eletrônicos.

- XP

A plataforma de serviços financeiros XP, que fez sua estreia na bolsa norte-americana Nasdaq nesta quarta-feira, vai usar o 1 bilhão de dólares de sua oferta de ações para impulsionar o crescimento de sua unidade bancária.

O presidente-executivo da companhia, Guilherme Benchimol, afirmou a jornalistas que com a ampliação de sua oferta de produtos financeiros, incluindo cartões de crédito pela primeira vez, a companhia vai capturar uma parcela maior dos ativos de seus atuais clientes.

Benchimol estima que os clientes investem 45% de suas economias na XP, com o restante ficando com bancos de varejo. "A concentração bancária no Brasil é brutal", disse ele.

Fundada em 2001 como uma assessoria financeira independente, a XP acumula mais de 1,5 milhão de clientes e 350 bilhões de reais sob gestão.

- Linx (SA:LINX3) e B2W (SA:BTOW3)

A B2W (SA:BTOW3) anunciou nesta quarta-feira que assinou memorando de entendimentos com a Linx (SA:LINX3), permitindo que ela conecte lojistas ao marketplace da plataforma de comércio eletrônico.

Assim, lojistas parceiros da Linx (SA:LINX3) poderão vender no B2W (SA:BTOW3) Marketplace sem a necessidade de se conectarem individualmente à plataforma, e tendo maior facilidade na integração de estoques e no gerenciamento de vendas, diz o comunicado.

Além disso, lojas físicas poderão ser habilitadas para coleta, retirada e envio de produtos, permitindo que os clientes tenham acesso à retirada do produto na loja em até uma hora ou entrega a partir da loja em até 2 horas no endereço indicado.

- WEG (SA:WEGE3)

A WEG (SA:WEGE3), que fabrica desde motores elétricos até tintas industriais, definiu os Estados Unidos como região chave para a expansão de seu negócio de transformadores e já duplicou a presença com esses equipamentos na América do Norte nos últimos dois anos, disse à Reuters um diretor da companhia.

A empresa tem atuado no mercado norte-americano por meio de quatro fábricas, duas delas em Washington, no Estado de Missouri, e duas no México, que produzem atualmente mais de 2 mil transformadores por ano para venda na região, incluindo também o Canadá.

"A partir de 2017 o negócio realmente deslanchou. De 2017 para cá, duplicamos nossa presença em transformadores na América do Norte, fornecendo principalmente para o mercado de energias renováveis. Hoje posso te assegurar que nos EUA a WEG (SA:WEGE3), em transformadores, é líder de mercado em renováveis", afirmou o diretor superintendente da WEG T&D, Carlos Diether Prinz.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

Nesta quinta-feira, o presidente da República participa da cerimônia alusiva à visita ao Estado do Tocantins, indo no final da tarde para o Rio de Janeiro para a solenidade de entrega de espadas aos formandos da turma "José Vitoriano Aranha da Silva".

- Paulo Guedes

- Solenidade Aposição da Fotografia do Ministro Raimundo Carreiro na Galeria dos Presidentes do Tribunal de Contas da União;

- 38ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;

- Almoço de fim de ano com deputados da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos;

- Reunião semanal com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues;

- Reunião semanal com o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar.