Após XP na Nasdaq, CVM caminha para mudar regras e evitar migrações para os EUA
Com as constantes decisões de empresas brasileiras de preferirem ver suas ações listadas nos Estados Unidos, como o caso de sucesso da XP Investimentos, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou audiência pública para a discussão de regras para a emissão de BDRs, que são títulos que permitem que investidores brasileiros comprem ações de empresas americanas. A decisão aconteceu no mesmo dia em que Guilherme Benchimol, fundador da empresa, tocou o sino da bolsa norte-americana Nasdaq em Nova York. As informações são da edição desta quinta-feira da Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.
A publicação destaca que o assunto já estava na pauta há bastante tempo e era um pedido antigo feito à CVM. A ideia principal é conter a migração de empresas brasileiras para outras bolsas. Entre as mudanças que estão em discussão está a possibilidade de uma companhia brasileira que faça uma oferta em outro país possa ter os BDRs negociados por aqui.
O Estadão informa ainda que faz parte das discussões a abertura da possibilidade de compra dos BDRs por investidor comum, e não os qualificados. Atualmente, esses papéis só estão disponíveis para quem tem mais de R$ 1 milhão investido.
O tema começou a ganhar força no começo deste ano, quando a PagSeguro (NYSE:PAGS) fez sua abertura de capital multibilionária na NYSE, em Nova York.
Outro ponto que deve ser discutido pelo órgão regulador está a questão da permissão do voto plural, como existe nos EUA. É uma modalidade que permite que a empresa faça seu IPO e mantenha o poder de decisão, o que é muito utilizado no setor de tecnologia, passos também seguidos pela PagSeguro (NYSE:PAGS) e XP.
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