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No Brasil, mulheres que vivem com psoríase são cerca 50 por cento menos felizes do que os homens, revela novo relatório global que mede o impacto da psoríase na felicidade

Leo Innovation Lab e Instituto de Pesquisa em Felicidade (Dinamarca)

20/10/2017 11h03

A pesquisa inclui 121.800 pessoas que vivem com psoríase em 184 países. Do Brasil, participaram mais de 10.000 pessoas.As mulheres são mais impactadas negativamente do que os homens e, em todos os países,  bem estar emocional, vida sexual e a capacidade física são os fatores que mais impactam a qualidade de vida das pessoas que vivem com psoríase. Este impacto foi calculado com base nas respostas dos participantes da pesquisa sobre o quanto a psoríase afeta cada aspecto de sua vida, numa escala de 1 a 10.No Brasil, perto de 69 por cento daqueles que vivem com psoríase acreditam que não há conscientização  suficiente da população sobre esta doença crônica e  inflamatória.COPENHAGUE, Dinamarca e SÃO PAULO, 20 de outubro de 2017 /PRNewswire/ -- As mulheres brasileiras sofrem um impacto negativo maior do que os homens que vivem com psoríase: mais mulheres (54 por cento) que vivem com psoríase, em relação aos homens nas mesmas condições (28 por cento), declararam se sentirem ansiosas e sofrerem uma tensão psicológica. E  29 por cento das mulheres que vivem com psoríase sentem falta de uma companhia, versus 14 por cento dos homens nas mesmas condições. Estes são alguns dos achados do primeiro Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade,  índice que mede a felicidade das pessoas que vivem com psoríase, anunciados hoje pelo Instituto de Pesquisa da Felicidade (Dinamarca), em parceria com LEO Innovation Lab[1], uma unidade independente da LEO Pharma.

A psoríase é uma doença inflamatória, crônica, dolorosa e debilitante, que se manifesta na pele e afeta uma população estimada em 125 milhões de pessoas em todo o mundo e que pode ocorrer em qualquer idade.[2] Em 2014, em resolução da Assembleia Mundial de Saúde, os Estados Membros da OMS (Organização Mundial de Saúde) reconheceram a psoríase como uma doença de notificação não obrigatória.  Esta resolução destacou que muitas pessoas no mundo sofrem desnecessariamente os efeitos da psoríase, devido a diagnóstico incorreto ou tardio, opções inadequadas de tratamento, dificuldades de acesso a cuidados com a saúde e também por estigma social.[3]

A pesquisa digital foi  conduzida entre fevereiro e agosto deste ano de 2017 e mediu a percepção de felicidade de 121.800 pessoas que vivem com psoríase em 184 países. Do Brasil, participaram 10.244 pessoas, sendo 50 por cento de homens e 50 por cento de mulheres com psoríase de leve a grave.

No Índice Mundial de Psoríase e Felicidade, o Brasil ficou classificado como o quarto país mais feliz do mundo (atrás do México, Colômbia e Espanha) - pelo ranking de felicidade da ONU de 2017 (Organização das Nações Unidas) o Brasil ficou em 22o. Entre as pessoas que vivem com psoríase leve, o Brasil é o décimo país mais feliz do mundo; entre as pessoas que vivem com psoríase moderada, o Brasil está posicionado em quinto lugar; e entre as pessoas que vivem com psoríase grave, o país está na sexta classificação.  Apesar de posicionado entre os mais felizes para pessoas que vivem com psoríase,  perto de 69 por cento dos brasileiros pesquisados acreditam que não há conscientização pública suficiente sobre a doença.  

"A pesquisa proporciona um novo olhar, pelo qual podemos entender o impacto de uma condição de saúde e direcionar o debate global sobre psoríase, além do ponto de vista de médicos e cientistas. Com os países tradicionalmente apontados como mais felizes classificados em posições mais baixas no Índice Mundial de Psoríase e Felicidade, nossos dados indicam que o impacto negativo de doenças crônicas podem estar fora do radar das autoridades de saúde, uma vez que as sociedades estão deixando as pessoas que sofrem para trás", afirmou Meik Wiking, CEO Instituto de Pesquisa de Felicidade e também Pesquisador Associado pela Dinamarca para a Base de Dados Mundial de Felicidade e membro fundador da Rede Latino-Americana de Políticas  para Bem Estar e Qualidade de Vida.  É também autor do The Little Book of Hygge - sobre porquê a Dinamarca é um dos países mais felizes do mundo - que faz parte da  lista dos livros mais vendidos do New York Times (2017)

Forte Correlação entre Felicidade e Bom Relacionamento Médico-Paciente  – Os pesquisadores descobriram que 64 por centos dos brasileiros que vivem com psoríase consideram que seus médicos compreendem completamente o impacto da doença no seu bem estar mental - enquanto que a média global é de 51 por cento.  Além disso, os brasileiros que acreditam que o impacto da psoríase em seu bem estar mental é compreendido  pelos seus médicos apresentam um índice maior de felicidade (6,5) do que aqueles que acreditam que este impacto não é compreendido (5,74), segundo escala de 1-10.1 

Bem Estar Mental - O Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade também indica que o sentimento de isolamento social entre as pessoas que vivem com psoríase se reflete em sua saúde mental1:

Quase metade (48 por cento) dos brasileiros participantes da pesquisa sente que suas famílias não compreendem o que é viver com psoríase e 55 por cento acreditam que seus amigos também não entendem essa condição.No ranking geral, 40 por cento acredita que são as únicas pessoas no mundo vivendo com psoríase (37 por cento, no Brasil).  "A pesquisa reforça o que observamos em nossa prática diária - o sentimento de exclusão e isolamento social, que pode afetar a saúde psicológica das pessoas que vivem com psoríase; muitas pessoas apresentam sintomas de depressão durante o curso da doença",, afirma o dermatologista Dr. Marcelo Arnone, coordenador do Ambulatório de Psoríase, do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo.  "Esperamos que este relatório inspire aqueles que conhecem pessoas que vivem com psoríase a ajudá-las a lidar com a grande carga emocional".

Metodologia da Pesquisa

O Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade baseia-se nas respostas de 121.800 pessoas em 184 países.  Os rankings do índice de felicidade incluem os 19 primeiros países que apresentaram uma taxa de resposta estatisticamente importante, com 400 participantes ou mais.  A classificação nos Índices de Felicidade é calculada por uma pontuação média, pela escala de Cantril, que fornece uma pontuação de felicidade de 0 a 10.  Os participantes na pesquisa foram analisados e categorizados segundo a gravidade da doença, com base em suas próprias declarações e impressões, assim como suas próprias medidas da  superfície corpórea afetada (BSA –Body Surface Area), ferramenta usada para avaliação da gravidade da psoríase.  Os participantes da pesquisa foram categorizados por faixa etária, de menos de 20 anos a  60 anos de idade ou mais, sendo a média entre 20 e 49 anos de idade. Os temas centrais da pesquisa foram gravidade, impacto da doença, impacto do tratamento, avaliação do sistema de saúde  e dos profissionais de saúde e preocupações e comportamento das pessoas que vivem com psoríase.  Os interessados em mais informações sobre o Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade devem acessar https://goo.gl/p2SGz7

Sobre o Instituto de Pesquisa em Felicidade

O Instituto de Pesquisa em Felicidade é uma organização independente, sediada em Copenhague, Dinamarca, que tem foco na satisfação da vida, felicidade e qualidade de vida. Sua missão é informar os tomadores de decisão sobre as causas e efeitos da felicidade humana, incluir a parte subjetiva do bem estar no debate de políticas públicas e melhorar a qualidade para cidadãos em todo o mundo. 

Sobre LEO Innovation Lab

LEO Innovation Lab é uma unidade de inovação digital independente estabelecida em 2015 pela empresa farmacêutica mais antiga da Dinamarca, LEO Pharma. O foco da unidade é  em saúde digital e lançou uma ampla variedade de soluções digitais voltadas para pacientes em todo o mundo. LEO Innovation Lab tem o objetivo de capacitar pacientes a adquirir mais controle sobre suas condições de saúde e tratamentos, melhorando a interação paciente-médico.

Sobre LEO Pharma

LEO Pharma ajuda as pessoas a terem uma pele saudável. Ao proporcionar soluções de cuidados com a saúde a pacientes em mais de 100 países globalmente, a LEO Pharma ajuda as pessoas a  controlar suas doenças de pele. Fundada em 1908 e pertencente à LEO Foundation, a companhia de cuidados com a saúde tem dedicado décadas de pesquisa e desenvolvimento para oferecer produtos e soluções a pessoas com doenças de pele.  LEO Pharma tem sede na Dinamarca e emprega cerca de 5.000 pessoas ao redor do mundo. Está no Brasil desde 2010.

A LEO Foundation é uma instituição privada  independente, que assumiu a propriedade da LEO Pharma em 1986.  A principal meta da fundação é garantir a existência de longo prazo do grupo LEO Pharma. A LEO Pharma A/S pertence totalmente a LEO Foundation e não tem acionistas externos, portanto, a companhia só presta contas aos pacientes.  Todo o lucro é reinvestido em Pesquisa e Desenvolvimento e no desenvolvimento de novas e inovadoras soluções.

[1] LEO Innovation Lab, The Happiness Research Institute (2017), World Psoriasis Happiness Report 2017.

[2] The International Federation of Psoriasis Associations. Available via https://ifpa-pso.com/about/ . Accessed September 2017.

[3] [1] WHO, Resolution WHA67.9. Geneva, World Health Organization, 2014. http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA67/A67_R9-en.pdf . Accessed September 2017.

 

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FONTE Leo Innovation Lab e Instituto de Pesquisa em Felicidade (Dinamarca)