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Mantega vai propor corte de custos com funcionários para a indústria

15/03/2012 08h43

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, discute nesta quinta-feira com representantes de quatro setores industriais medidas de redução de custos com a folha de pagamento. Está na pauta também a nova alíquota sobre faturamento bruto que vai substituir a contribuição do INSS. 

O ministro recebe pela manhã representantes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Associação Brasileira das Indústrias de Móveis (Abimovel). Pela tarde estão previstos encontros com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e com a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). 

As reuniões fazem parte de uma rodada inicial que o ministro pretende fazer com diversos setores para ouvir as demandas e apresentar o que o governo estuda fazer para estimular o crescimento da atividade. 

Apesar das reuniões, não está previsto o anúncio de medidas nesta quinta. O ministro deve ouvir mais setores econômicos antes de divulgar o que pretende fazer para fomentar o dinamismo da indústria. 

A Reuters mostrou na terça-feira que o governo prepara uma nova rodada de medidas de estímulo. Ele incluirá mais setores da indústria na diminuição dos custos da folha de pagamentos. O governo vai estender para outros grupos o benefício de deixar de recolher 20 por cento ao INSS que incidem sobre a folha de pagamentos.

Os setores têxtil, de autopeças, móveis, entre outros, passarão a recolher uma cobrança sobre o faturamento. Hoje a alíquota é de 1,5% a 2,5%, o governo deve reduzir para 0,8 por cento. Como ainda é uma proposta inicial, esse percentual pode sofrer ajustes. 

Além disso, vai tomar novas ações de estímulo ao consumo, com prorrogação da desoneração do Impostos sobre Produtos Industrializados para a chamada linha branca. Além disso, deverá reduzir a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito de pessoa física com prazo de até um ano. A alíquota, que hoje é de 2,5%, deve cair para 2%.

(Com informações da Reuters)