Bancos cobram R$ 300 milhões da Receita antes de discutir queda de juros
Os bancos aproveitaram o momento em que o governo pressiona pela redução dos juros aos consumidores para cobrar R$ 300 milhões devidos pela Receita Federal ao setor.
A “cobrança” foi feita em reunião na manhã desta terça-feira (10), entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente da Federaçao Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou no início desta tarde, em tom de brincadeira, o pedido da Febraban: "Achei que eles [a Federação] iriam trazer 300 milhões [de reais]", afirmou.
Ainda nesta terça, deve ser discutida a redução do spread --o ganho que os bancos têm com os juros. Quando eles emprestam dinheiro para seus clientes, como cheque especial, cobram juros muito maiores do que os juros que pagam aos clientes que investem em CDBs, por exemplo. Essa diferença de juros é que é chamada de spread.
Os bancos privados estão sendo pressionados pelo governo a reduzirem os juros cobrados dos clientes. Após discurso feito pela presidente Dilma Rousseff na semana passada sobre o nível elevado dos spreads no Brasil, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram redução nos encargos financeiros cobrados dos clientes.
Dívida da Receita com os bancos
A dívida entre a Receita e a Febraban decorre, segundo Portugal, de contrato firmado no ano passado para que as instituições financeiras recebam dos contribuintes os tributos devidos ao governo federal.
Segundo informou Portugal, para cada Documento de Arrecadaçao Fiscal (Darf) pago nas agências, os bancos recebem uma tarifa que varia de R$ 0,40 (pagamento feito no caixa eletrônico) a R$ 1,39 (pagamento feito na boca do caixa).
"Eles vão examinar a possibilidade de estabelecer um cronograma para o pagamento", disse Portugal.
De acordo com o presidente da Febraban, além da dívida de R$ 300 milhões contraída no ano passado, foram discutidas mudanças na operação de arrecadação de impostos, incluindo o estabelecimento de taxas mais baratas.
(Com informações de Agência Brasil e Reuters)
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