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Folha passa a cobrar por conteúdo digital; assinante UOL tem acesso grátis

Do UOL, em São Paulo

21/06/2012 00h01

O site da Folha passa a partir desta quinta-feira (21) a publicar os textos da versão impressa do jornal, inclusive todos os colunistas, e começa a cobrar pelo acesso frequente às reportagens e fotos.

Visitantes do site poderão ler até 40 textos por mês gratuitamente. Para os assinantes do UOL e da Folha impressa ou digital, não muda nada. Eles continuam a ter acesso grátis e irrestrito ao conteúdo que já tinham antes.

Os internautas que não são assinantes nem do UOL nem da Folha, mas que acessarem uma reportagem a partir do UOL também terão acesso livre àquele texto específico. Ou seja, eles podem ler esse texto sem que seja incluído na conta das 40 notícias gratuitas.

Depois, se esse internauta decidir continuar navegando no ambiente da Folha, aí passam a valer as regras de cobrança e começa a contagem dos textos que ele pode acessar mensalmente.

Além do conteúdo e das regras de acesso, muda também o nome da página, que ganha o logotipo "Folha de S.Paulo" no lugar do atual, Folha.com.

Algumas partes do site, entre elas a capa e as seções produzidas por leitores, continuarão inteiramente gratuitas, como acontece hoje. Outras, que incluem a maioria das reportagens e colunas, serão gratuitas até o limite de 40 textos por mês.

Nada muda na navegação do leitor até o 20º clique mensal. A partir daí, ele será convidado a fazer um cadastro simples, que lhe permitirá ler mais 20 reportagens, colunas ou galerias de fotos.

O cálculo é zerado no início de cada mês.

Uma campanha publicitária divulgará a partir desta quinta as principais novidades, entre elas o preço promocional de R$ 1,90 para a assinatura digital da Folha no primeiro mês e de R$ 29,90 nos meses seguintes.

O modelo adotado pelo jornal acompanha uma tendência mundial, seguida por diversos veículos que buscam uma maneira de remunerar o conteúdo de qualidade que fornecem a seus leitores.

O sistema é conhecido como "paywall/muro de cobrança poroso". Ele busca aumentar o conforto e a oferta de conteúdo para quem gosta de ler com frequência o jornal sem barrar o acesso do internauta eventual.

O caso mais notório desse modelo é o do jornal americano "The New York Times". A Folha já usa esse sistema em seu aplicativo para dispositivos móveis e se torna também o primeiro jornal do país a utilizá-lo em seu site.