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BB diz que quer reduzir ganhos com juros de 7% para 4% em dois anos

Do UOL, em São Paulo

14/08/2012 18h58

O Banco do Brasil pretende obter lucro com o aumento das operações de crédito e pode reduzir o "spread bancário" de 7% para 4% em dois anos, disse nesta terça-feira (14) o presidente da instituição, Aldemir Bendine. Spread é a diferença entre os juros que os bancos cobram quando emprestam dinheiro e os rendimentos que eles pagam para os investidores.

As condições econômicas do Brasil, com tendência de novos cortes na taxa básica de juros (Selic), favorecem esse tipo de modalidade, segundo Bendine.

Segundo ele, há uma folga para emprestar a custo cada vez menor aos tomadores de financiamento, mas ainda existe muito conservadorismo no mercado.

Por meio do Programa Bom pra Todos, lançado em 4 de abril deste ano, em que o banco introduziu um novo tipo de relacionamento com os clientes e reduziu as taxas de juros tanto para empresas quanto pessoas físicas, o desembolso médio diário em operações de crédito direto ao consumidor (CDC) cresceu 65,8%. Até o fechamento de junho, houve a adesão de 500 mil clientes.

Entre os vários produtos oferecidos no sistema de crédito foi registrado destaque para o crédito imobiliário, com recorde de contratações e saldo de R$ 9,8 bilhões, o que representa um acréscimo de 90,2% em 12 meses. Com um total de 7.464 operações no segundo trimestre, essa foi a melhor marca desde 2008, quando o banco iniciou essas contratações.

De acordo com Bendine, o BB não precisará recorrer ao Tesouro para um novo aporte de capital ao contrário do que anunciou, na semana passada, a diretoria da Caixa Econômica Federal. De acordo com o executivo, há uma situação confortável nas finanças.

Com emissões de títulos no país e no exterior, a instituição captou R$ 5,5 bilhões no segundo trimestre, atingindo um índice de capitalização de 14,6%, acima do registrado no primeiro trimestre (14,2%), o que garante uma margem superior ao patrimônio de referência em R$ 23,2 bilhões e um crescimento de R$ 120,5 bilhões em ativos de crédito.

(Com informações da Agência Brasil)