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Santander não está à venda no Brasil, diz presidente mundial

Do UOL, em São Paulo

22/01/2013 15h35Atualizada em 22/01/2013 17h52

O banco Santander não está vendendo ativos no Brasil, disse o presidente mundial do banco, Emilio Botín, nesta terça-feira (22), antes de reunião com a presidente Dilma Roussef. Há duas semanas, voltaram a circular rumores na imprensa brasileira sobre a venda do banco para o Bradesco.

Botín disse que "ativos aqui o banco Santander compra" e completou a frase com uma brincadeira: "Mas não tenho tempo de comprar porque tenho de ver a presidente".

O executivo também disse estar confiante sobre o crescimento econômico brasileiro neste ano.

"Estou convencido de que a economia brasileira terá um desempenho melhor em 2013 do que no ano passado. O Banco Santander acredita que a economia vai crescer 3%", disse o executivo. O executivo disse que o banco deve disponibilizar neste ano de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em recursos para financiamento a projetos de infraestrutura.

O executivo disse que o Santander está investindo muito no país, não só na abertura de novas agências, mas também em universidades. "Para nós do banco Santander, o Brasil é o país mais importante do mundo", afirmou. Botín citou o investimento em agências, caixas eletrônicos e em um grande centro de dados a ser construído em Campinas, no interior de São Paulo, e que estará entre os maiores do mundo.

O executivo também elogiou o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, com quem teve reunião pela manhã. "Ele é um grande presidente", disse, completando que o fato de o BC brasileiro ser independente é algo muito importante para o país, que tem um sistema financeiro "único no mundo" porque tem três grandes bancos públicos e três grandes bancos privados.

Botín também foi questionado sobre o grau de intervenção do governo na economia brasileira. Ele disse que outros países do mundo são muito mais intervencionistas e deu como exemplo a própria Europa. "Confio que o governo não fará o tipo de intervenção que se vê em outros lugares. Na parte financeira, que conheço bem, as instituição atuam bem e são muito independentes do poder."

Notícia de venda circulou na imprensa

Na noite do dia 9, a Veja.com, portal da revista Veja, tinha noticiado a compra do Santander Brasil pelo Bradesco, mas depois retirou a informação do ar, a pedido de ambos os bancos, poucos minutos após a publicação original.

De acordo com a matéria original, os funcionários do Santander haviam recebido um e-mail afirmando a negociação.

No dia seguinte, o Santander enviou um e-mail para seus funcionários desmentindo a suposta fusão com o Bradesco. No e-mail, a empresa afirmou que "esses rumores não têm nenhum fundamento e foram desmentidos imediata e categoricamente, tanto pelo Santander como pelo Bradesco".

"O próprio site, 22 minutos após publicar a notícia, a retirou do ar e publicou uma nota retratando-se e reconhecendo o erro, numa demonstração de maturidade do jornalismo que pratica", afirmou o Santander no e-mail a seus funcionários.

Em seu site, a revista divulgou o seguinte comunicado: "Por uma falha interna de procedimento, durante 22 minutos, de 17h59 às 18h21 desta quarta-feira, o site de VEJA deixou no ar uma manchete errada sobre o que seria o anúncio da fusão dos bancos Bradesco e Santander. A informação foi corrigida em seguida pela redação do site, que publicou também os desmentidos oficiais dos bancos em questão. Essa falsa informação, que reaparece de tempos em tempos na internet, é fruto de boatos infundados que circulam há seis meses dando como fonte mensagens atribuídas a funcionários de um dos bancos. VEJA se desculpa com seus leitores por ter mantido por 22 minutos no site uma notícia errada que trazia no seu próprio enunciado a chave da sua falsidade. O texto dizia, infantilmente, que a negociação da fusão fora "informada" pela instituição a funcionários. Como qualquer pessoa do meio financeiro sabe, uma operação desse tipo tem que ser, por lei, mantida em absoluto sigilo e comunicada antes de qualquer outra forma de divulgação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)."

(Com Infomoney, Reuters e Valor)