Aéreas japonesas trocaram baterias antes de incidentes com Boeing 787
As companhias aéreas japonesas All Nippon Airways (ANA) e Japan Airlines (JAL) admitiram, nesta quarta-feira (30), que trocaram várias baterias de lítio do Boeing 787 antes de o modelo de avião começar a apresentar falhas.
Os aviões sofreram uma série de problemas técnicos no começo deste mês, o que levou a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos a emitir um alerta proibindo a decolagem dos Boeing 787 em operação ao redor do mundo.
A ANA disse ter feito dez substituições de baterias em seus 17 Boeing 787 por diversos problemas. Já a JAL admitiu "várias" mudanças, sem revelar o número, em poucos meses. A duração normal desse tipo de baterias é de dois anos.
Histórico de falhas no modelo
O Boeing 787 Dreamliner protagonizou seis incidentes em menos de dez dias.
No dia 7, em Boston, um 787 da Japan Airlines (JAL) proveniente do Japão teve um princípio de incêndio em terra. No dia seguinte, outro voo da JAL que partia de Boston foi atrasado por um vazamento de combustível.
No último dia 9, um voo da All Nippon Airways realizado por outro Boeing 787 foi cancelado no país asiático por causa de um problema nos freios.
No dia 11, também no Japão, dois incidentes aconteceram a bordo de dois Boeing 787 da ANA: um voo foi cancelado por causa de uma rachadura no vidro da cabine, e outro foi atrasado por causa do vazamento de óleo.
No último incidente, em 16 de janeiro, um 787 Dreamliner da ANA fez um pouso não programado no aeroporto de Takamatsu, no sul do Japão. Segundo a empresa, foi detectada fumaça na cabine, causada pela falha em uma bateria.
Modelo fez primeiro voo comercial em 2011
Reguladores dos EUA levantaram dúvidas sobre a confiabilidade do 787 em longas rotas transoceânicas, publicou o jornal "Wall Street Journal".
O Dreamliner é o primeiro avião do mundo construído com compósitos de carbono e possui preço de tabela de US$ 207 milhões.
O modelo fez seu primeiro voo comercial no final de 2011, depois que uma série de atrasos de produção deixou as entregas do modelo três anos atrás do planejado. Até o final do ano passado, a Boeing vendeu 848 Dreamliners e entregou 49 unidades do modelo.
(Com agências)
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