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Telexfree usa imagem de jornalista Celso Freitas para atrair clientes

Do UOL, em São Paulo

30/07/2013 06h00Atualizada em 30/07/2013 12h33

  • O apresentador da TV Record Celso Freitas aparece, acima, em propaganda da Telexfree

Associados da Telexfree têm utilizado um vídeo gravado pelo apresentador da TV Record Celso Freitas para atrair novos "divulgadores", como são conhecidas as pessoas que participam do negócio. A empresa, que vende planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês), foi proibida de operar por acusação de praticar pirâmide financeira. 

Em uma das campanhas publicadas nas redes sociais, a participação de Celso Freitas no vídeo institucional da Telexfree é apontada como um dos cinco motivos para aderir à empresa.

"Para fechar esta lista de motivos, quero mostrar a contratação do renomado jornalista Celso Freitas para a gravação do DVD da apresentação oficial da Telexfree, ou seja, mais uma informação para você avaliar que golpe fantástico todas estas pessoas [que criticam a empresa] querem dar em você", diz a peça.

Procurado pelo UOL, o jornalista afirmou, por meio da assessoria de imprensa da Record, que "foi contratado pela Telexfree apenas para apresentar o vídeo institucional". Ele não cita qualquer outro tipo de participação no negócio, nem se vai tomar alguma medida judicial contra o uso de sua imagem.

Em nota, a Telexfree não comentou a utilização da imagem do apresentador Celso Freitas para atrair novos interessados nos serviços da empresa. Mas afirmou que "nunca causou prejuízo a quem quer seja e voltará às suas atividades em breve, mais sólida do que nunca, gerando trabalho, progresso e melhorando, mais ainda, a vida de seus divulgadores".

Veja vídeo institucional da Telexfree com Celso Freitas

Telexfree é investigada por formação de pirâmide

A Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) foi proibida de realizar novos cadastros de clientes (chamados de "divulgadores"), bem como está impedida de efetuar pagamentos aos clientes já cadastrados, até o julgamento final do caso, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

A ação contra a Telexfree faz parte de uma força-tarefa conduzida pelos Ministérios Públicos federal e estaduais e que investiga indícios de pirâmides financeiras pelo país. Outro caso sendo investigado no momento é o da empresa BBom, que fornece rastreadores de veículos.

A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

Empresa nega irregularidades em sua operação

Em nota divulgada anteriormente sobre a acusação de formação de pirâmide, a empresa nega qualquer irregularidade em suas operações.

"De forma violenta, e sem ter tido a oportunidade de se defender previamente, a empresa líder em marketing multinível se viu judicialmente impedida não só de efetuar os pagamentos de comissões para seus divulgadores, bem como de continuar operando", diz a nota.

Segundo a Telexfree, um laudo comprova a sua capacidade financeira: "A empresa é economicamente viável, tendo juntado em sua defesa um parecer de viabilidade econômica firmado por três renomados especialistas, mestres, doutores e professores de uma das mais prestigiadas faculdades de economia do país".

A empresa também critica na nota a telefonia brasileira: "O sólido modelo de negócios da Telexfree tem um brilhante futuro econômico, considerando as péssimas condições da telefonia e os extorsivos preços dos serviços de telecomunicações no Brasil".

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