OGX diz que vai recorrer de decisão que exclui internacionais de processo
A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, informou na noite desta quinta-feira (21) que deve recorrer da decisão que deixou de fora do processo de recuperação judicial as subsidiárias internacionais da empresa.
LEIA TAMBÉM:
- Revista americana diz que derrocada de Eike virou motivo de piada
- Eike perde R$ 1,8 bilhão em um mês, diz "Forbes"
- Calote de Eike é tratado como o 'fim de uma era' pela mídia internacional
- Mantega diz que crise de Eike Batista afetou imagem do país
- Eike Batista culpa executivos da OGX e má sorte por colapso
- Lemann ocupa lugar de Eike Batista como principal empresário do país
- Forbes: 1º lugar em 2012, Eike deixa lista dos 15 mais ricos do Brasil
- Irmã de Eike Batista vende pão de queijo congelado nos Estados Unidos
O juiz Gilberto Clovis Faria Matos aceitou, com ressalvas, o pedido de recuperação judicial (antiga concordata) da OGX . A petroleira entregou o pedido à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro em 30 de outubro.
Porém, o juiz excluiu as empresas OGX Internacional e OGX Áustria, braços internacionais da petroleira, do pedido de recuperação judicial, após um parecer enviado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
O advogado Márcio Costa, do escritório Sergio Bermudes, contratado pela OGX para conduzir o processo, informou à agência de notícias Reuters que a empresa iria recorrer da decisão. A companhia confirmou a informação em um comunicado ao mercado.
"Esta decisão (da Justiça) tumultua o processo de recuperação judicial, acaba permitindo que alguns credores cobrem dívida no Brasil e na Áustria ... O recursos foram captados no exterior para uso no Brasil, o juiz não levou isso em consideração", afirmou o advogado da OGX.
A recuperação judicial, antiga concordata, é uma opção para empresas que estão em crise, mas acreditam ter chances de sobreviver. Esse é o maior caso de recuperação judicial da América Latina, segundo a agência de notícias Reuters.
A OGX declarou que deve, no total, R$ 11,2 bilhões --esse é o montante descrito como “passivo consolidado” no pedido feito à Justiça.
O pedido de recuperação da empresa já era amplamente esperado, depois que a empresa não conseguiu chegar a um acordo com credores para reestrutura sua dívida.
MP pediu exclusão de empresas no exterior
O Ministério Público do Rio de Janeiro encaminhou parecer à Justiça pedindo para vetar o pedido de recuperação judicial da OGX Internacional e da OGX Áustria.
O MP alegou que tanto as devedoras como os credores detentores dos títulos de dívida, emitidos na Áustria, têm domicílio no exterior e, por isso, a reestruturação dessas empresas deve ocorrer na Áustria, informou a assessoria de imprensa do MP.
A promotoria baseou seu parecer no princípio da territorialidade, segundo o qual é no país da sede da sociedade empresária que deve ser processada eventual falência ou recuperação judicial, acrescentou o MP, em nota.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.