Encontrar indústrias de qualidade é desafio para Estrela produzir na China
Encontrar indústrias que não copiem produtos, sejam bem gerenciadas e fabriquem brinquedos de qualidade. Esses são alguns dos desafios enfrentados pela Estrela para produzir na China, segundo o presidente da empresa, Carlos Tilkian.
Depois de cerca de cinco anos, a marca brasileira vai voltar a exportar brinquedos. Para driblar os custos de exportação do Brasil, porém, vai vender para outros países apenas os produtos fabricados por seus parceiros chineses.
"A China tem uma quantidade imensa de indústrias de todos os tipos. Existem desde as empresas de primeiro nível, com padrão de qualidade internacional, até aquelas que procuram copiar os produtos dos próprios chineses", diz o executivo.
Ele diz que o fato de a Estrela já comprar brinquedos e componentes feitos na China há 15 anos ajudou a empresa na fase de retomada de exportações.
"No início, a gente sempre achava que negociava bem, porque o fornecedor chinês às vezes aceitava uma redução de preço. Mas isso fazia com que, muitas vezes, o brinquedo chegasse com um padrão de qualidade totalmente diferente do que aquele que serviu de base de negociação. Por isso é que, no passado, você via recall de produtos chineses com muita frequência", diz.
Agora, afirma Tilkian, a empresa tem mais traquejo para lidar com esse tipo de situação. "Hoje sabemos como negociar para termos certeza de que não vamos ter de abrir mão da qualidade. É um processo que não é fácil."
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