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Caminhoneiros desistem de "buzinaço" em Brasília e negociam com deputados

Do UOL, em São Paulo

03/03/2015 17h54Atualizada em 03/03/2015 18h06

Os caminhoneiros concentrados no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, desistiram do "buzinaço" que pretendiam fazer em direção ao Congresso. A greve da categoria tem bloqueado estradas em todo país há quase duas semanas.

A decisão foi tomada depois que alguns parlamentares visitaram o local, na manhã desta terça-feira (3), e agendaram reuniões com representantes dos motoristas, à tarde, na sede do Poder Legislativo, para discutir as reivindicações.

Cerca de 30 caminhões estacionaram no estádio vindos de Luziânia, onde ontem (2) aguardavam pelas negociações com o governo.

O caminhoneiro Gilberto Bandeloff disse que o "buzinaço" foi adiado porque os motoristas estão confiando na promessa dos parlamentares. "Por enquanto, estamos nos fiando na promessa deles [deputados]. Acho que o governo vai atender nossa reivindicação, porque temos, agora, representantes no Congresso", disse.

Motoristas insistem em queda do diesel

Os manifestantes se disseram satisfeitos com a aprovação da Lei dos Caminhoneiros, sancionada ontem (2) pela presidente Dilma Rousseff, mas ressaltaram que a questão do preço do combustível é o ponto central de suas reivindicações e determinante para que parem com as mobilizações.

"A aprovação da lei foi boa, não negamos. Mas nós queremos mesmo é o que o preço do óleo baixe. E queremos também que seja feita uma tabela referencial para a questão do frete", disse Alceu Tramujian Neto.

Ainda de acordo com Alceu, os deputados prometeram levar aos colegas parlamentares soluções para essas reclamações. "Eles [parlamentares] disseram que vão tentar debater a possibilidade de baixar algum tributo cobrado sobre o preço do combustível", explicou.

Na semana passada, após participar de cerimônia para entrega de casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma disse que "o governo não tem como baixar o preço do diesel".

Ela também defendeu a política de preços do governo para os combustíveis, que não é diretamente vinculado à cotação internacional do petróleo, e acrescentou que a estratégia será mantida.

(Com Agência Brasil)