Ouça o Giro UOL Economia com os destaques desta segunda, 4 de abril
Mercado financeiro
As ações da Petrobras despencaram cerca de 9% e puxaram para baixo o Ibovespa, que fechou em queda de 3,52%, com 48.779,98 pontos. A Bolsa foi influenciada também por uma notícia de domingo, de que o governo pretende reduzir o preço da gasolina e do óleo diesel. Ainda pesaram a queda nos preços do petróleo no mercado internacional e a instabilidade política no país.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1,43%, cotado em R$ 3,614, quebrando uma sequência de três quedas. No ano, a moeda acumula desvalorização de 8,47%.
Expectativas para a inflação e o PIB
Os economistas do mercado financeiro reduziram, pela quarta semana seguida, a estimativa de inflação para este ano, de 7,31% para 7,28%.
Para o PIB de 2016, a projeção é de queda de 3,73%, contra uma retração de 3,66% estimada na semana anterior.
Casa própria fica mais cara
O aumento de taxa de juros no financiamento imobiliário prejudica quem planeja comprar a casa própria. O financiamento para um imóvel de até R$ 750 mil, por exemplo, encontra agora uma taxa 1,32 ponto percentual maior. A própria Caixa Econômica Federal anunciou aumento dos juros para compra de imóveis na semana passada.
Cálculo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) mostra que, depois do ajuste, um imóvel de R$ 500 mil terá custado R$ 69.492 a mais após 30 anos. Especialistas recomendam que, para evitar juros tão elevados, a solução é dar uma entrada maior.
Crise política freia ajuste fiscal
A equipe econômica do governo federal sacrificou o ajuste no curto prazo e adotou medidas que adiam a recuperação fiscal e a reversão do rombo das contas públicas, que deve chegar perto de R$ 100 bilhões em 2016. Agora, como medida contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo abriu espaço para mais despesas.
Além das medidas de crédito e redução de taxas de juros em operações do BNDES e de fundos constitucionais, o governo deve engavetar também medidas consideradas impopulares, como a reformas da Previdência e trabalhista.
Cai a venda de combustíveis
A crise econômica no país tem afetado as vendas de combustíveis, que caíram no primeiro bimestre. Dados da ANP, a Agência Nacional do Petróleo mostram que o total comercializado pelas distribuidoras nos dois primeiros meses do ano caiu 5,5% – em 2015, a queda no período foi de 1,9%.
A diminuição é reflexo do movimento nas rodovias, que teve redução de 4,6% no fluxo de veículos pesados e de 1,4% no de leves, de acordo com o índice ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). O diesel, que é o combustível mais consumido no país devido ao transporte rodoviário de cargas, apresentou queda de 6,6%. Também caíram o etanol (-6,8%) e a gasolina (-2,6%).
Cade aprova fusão de bancos
A Superintendência-Geral do Cade recomendou ao Tribunal da entidade a aprovação da compra do banco HSBC Brasil pelo Bradesco, mas com condições.
A exigência é de que seja feito um acordo com medidas para evitar que a fusão prejudique a competividade no mercado de bancos. A decisão foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Decreto da prefeitura
A partir de hoje os táxis de São Paulo vão ter de contar com máquinas de cartão de crédito e débito como opção para o pagamento das corridas.
Quem for flagrado sem o equipamento vai ser multado em R$ 32,40, além de receber cinco pontos no prontuário da prefeitura. Em caso de reincidência, o valor e a pontuação dobram.
Agenda
Amanhã a Fipe anuncia os dados do Índice de Preços ao Consumidor com referência ao mês de março.