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Casa própria: Caixa limita acesso ao crédito, 2 meses após anunciar R$ 7 bi

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Do UOL, em São Paulo

09/05/2016 19h23Atualizada em 09/05/2016 20h00

A Caixa Econômica Federal vai limitar novamente financiamentos da casa própria pela linha "Pró-Cotista FGTS". Essa linha de crédito usa recursos liberados pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e tem juros que estão entre os mais baixos do mercado.

No dia 8 de março deste ano, a Caixa havia anunciado o recebimento de R$ 7 bilhões para essa linha. Porém, em dois meses, os recursos para financiar imóveis entre R$ 225 mil e R$ 500 mil já se esgotaram, segundo a assessoria de imprensa do banco.

Agora, então, a linha "Pró-Cotista FGTS" está disponível apenas para financiar:

  • imóveis de até R$ 225 mil;
  • imóveis entre R$ 500 mil e R$ 750 mil.

Essa restrição pode mudar, segundo a Caixa, se o Conselho Curador do FGTS autorizar.

Como funciona a linha Pró-Cotista

  • Para quem é? Famílias que ganham mais de R$ 6.500 e, portanto, não se encaixam no limite de renda do programa Minha Casa, Minha Vida.
  • Quais são os juros? Estão entre os mais baixos do mercado: 8,66% ao ano (pode baixar se o cliente tiver conta ou receber salário na Caixa). Os juros do Minha Casa Minha Vida, por exemplo, variam entre 5,5% e 8,16% ao ano. Já para outros tipos de financiamento, a taxa sobe para cerca de 11,2% ao ano.
  • Quanto financia? É possível financiar até 85% do valor do imóvel. O preço máximo do imóvel é de R$ 750 mil.
  • Que tipo de imóvel? Tanto novo como usado.
  • Por quanto tempo? O prazo máximo é de 30 anos.
  • Quem pode contratar? É preciso ter conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições ao fundo, seguidas ou não. Se não tiver conta ativa no FGTS, é preciso que seu saldo total no fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura, o que for maior.

BB anunciou R$ 2,5 bilhões

O Banco do Brasil também oferece a linha Pró-Cotista para quem quer financiar a casa própria. Em abril, o banco anunciou ter recebido R$ 2,5 bilhões para esse tipo de financiamento.

"Quem quer manter a linha Pró-Cotista está ficando na fila na Caixa ou preferindo bater na porta do Banco do Brasil", disse Daniela Akamine, sócia diretora da Akamines Negócios Imobiliários, à agência de notícias Reuters.

(Com Reuters)

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