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Analistas melhoram estimativa para o PIB, mas sobem previsão de inflação

Do UOL, em São Paulo

23/05/2016 08h28Atualizada em 23/05/2016 09h33

Economistas consultados pelo Banco Central melhoraram a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) no final de 2016, mas voltaram a subir a projeção de inflação, após a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central.

As projeções para o dólar e para a taxa básica de juros caíram. 

Veja as estimativas para 2016 do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo BC:

  • PIB (Produto Interno Bruto): melhorou de -3,88 para -3,83%;
  • Inflação: subiu de 7% para 7,04%;
  • Dólar: caiu de R$ 3,70 para R$ 3,67;
  • Taxa básica de juros (Selic): diminuiu de 13% para 12,75%.

A estimativa para a inflação continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou menos (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).

 

Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação caiu de 6,09% para 6,01%. Para 2017, os economistas mantiveram a previsão para a inflação, de 5,5%.

 

As projeções para o PIB e para a inflação são semelhantes às do governo do presidente interino Michel Temer. O governo vê encolhimento de 3,8% da economia e alta de preços de 7% no final de 2016. 

 

Aposta no corte de juros

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, indicou e ex-economista-chefe do Itaú Ilan Goldfajn para chefiar o BC, que ainda precisa passar por sabatina e aprovação no Senado para assumir o posto hoje ocupado por Alexandre Tombini.

 

No Itaú, Ilan vinha destacando que a recessão no Brasil e a desvalorização do dólar sobre o real desde o início do ano estavam entre os fatores que deveriam contribuir para gradual redução da inflação. A queda da inflação abriria espaço para o início do corte de juros no "segundo semestre, a partir de julho".

 

Entenda o que é o boletim Focus

Toda semana, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.

(Com Reuters)

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