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Prévia da inflação desacelera a 0,45% em agosto; em 12 meses, fica em 8,95%

Stefan Wermuth/Reuters
Imagem: Stefan Wermuth/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/08/2016 09h01

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), foi de 0,45% em agosto. O resultado mostra desaceleração em relação a julho, quando o indicador havia mostrado alta de preços de 0,54%. Em agosto do ano passado, foi de 0,43%.

No ano, a alta de preços acumulada é em 5,66%, abaixo dos 7,36% registrados no mesmo período do ano passado. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,95%, próximo dos 8,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

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Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (24). 

A prévia da inflação em 12 meses continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%. 

A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, acima do limite máximo da meta. Foi a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).

Desaceleração

Os alimentos continuaram a pressionar a alta dos preços, mas mostraram desaceleração. A alta foi de 0,78% em agosto, enquanto em julho havia sido de 1,45%.

O feijão-carioca, tipo mais consumido no país, que havia puxado o resultado do mês anterior com o forte aumento (58,06%), desacelerou para 4,74%, segundo o IBGE. 

Alguns produtos chegaram a ficar mais baratos de julho para agosto, por exemplo a cebola (-22,81%), a batata-inglesa (-18%) e as hortaliças (-9,01%). 

Além dos alimentos (0,78%), outros três grupos de produtos e serviços apresentaram desaceleração na taxa de crescimento em relação ao mês de julho: vestuário (-0,13%), habitação (-0,02%) e transportes (0,10%). 

Já os preços do setor de educação tiveram alta de 0,9% em agosto, após uma subirem 0,1% em julho

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

(Com Reuters)

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