Temer comemora inflação dentro do limite da meta: "no caminho certo"
O presidente Michel Temer comemorou nesta quarta-feira (11) os dados da inflação em 2016, que fechou dentro do limite máximo da meta do governo, e disse que o resultado mostra que "o governo está no caminho certo".
A inflação oficial no Brasil fechou 2016 em 6,29%. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%. Em 2015, a alta dos preços havia sido de 10,67%, a maior desde 2002.
A declaração foi feita em uma reunião com o Núcleo de Infraestrutura do governo e também publicada nas redes sociais de Temer e do Palácio do Planalto.
Segundo o presidente, o objetivo é que a alta dos preços seja menor em 2017. "Toda projeção para este ano é a redução ainda maior da inflação, para ficar no centro da meta."
Crise econômica
Somente no mês de dezembro, a alta de preços foi de 0,3%. O valor representa aceleração em relação a novembro (0,18%), mas é o menor para o mês desde 2008.
Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eles indicam que a crise econômica, que reduziu gastos tanto da população quanto do governo, teve impacto na inflação.
Inflação e juros
As previsões para a inflação ao longo de quase todo o ano estimavam que a inflação estouraria o limite máximo da meta pelo segundo ano seguido. No final de 2016, tanto o governo quanto o mercado passaram a prever inflação dentro da tolerância da meta. Ainda assim, o resultado veio melhor do que o esperado.
O resultado do ano passado abre espaço para mais cortes na taxa de juros.
A taxa básica de juros, a Selic, é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.
Com a disparada da inflação em 2015, o BC manteve os juros num patamar alto, de 14,25%. Em outubro do ano passado, o banco cortou a taxa pela primeira vez em quatro anos e, em novembro, reduziu os juros mais uma vez.
A taxa atual é de 13,75%, e o Copom (Comitê de Política Monetária) deve decidir ainda hoje se haverá mais um corte. Analistas preveem que o comitê reduzirá os juros em 0,5 ponto percentual, a 13,25%.
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