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Maia: País terá 'caos econômico' se reforma da Previdência não for aprovada

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

20/03/2017 15h29

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (20) que o dia seguinte à votação da reforma da Previdência na Casa será de “caos econômico no Brasil” caso a proposta do governo não seja aprovada. A declaração foi dada em São Paulo após Maia participar de um evento na Amcham (Câmara de Comércio Norte Americana).

De acordo com o deputado, a previsão é que a reforma seja colocada em pauta e aprovada “entre o final de abril e o começo de maio”. “A gente tem muita firmeza do que está defendendo. E a gente tem muita firmeza também que o dia seguinte de uma não aprovação da reforma da Previdência será o caos econômico no Brasil, com o forte crescimento da taxa de juros, a perda definitiva da credibilidade do Brasil para investimentos no setor privado, a sinalização da continuação do crescimento do desemprego e [perda de] renda do trabalhador”, afirmou Maia.

Pelos cálculos do deputado, se aprovada a reforma, um de seus primeiros efeitos deve ser “também no curto prazo”, uma queda da taxa de juros que ele estima em “7% a 8% em agosto ou setembro”.

Informações "distorcidas"

“Precisamos dar informação aos parlamentares e à sociedade de que essa é a última possibilidade que o Brasil tem de fazer uma reforma que não vai tirar benefícios de ninguém --ao contrário de Portugal e Grécia, onde se cortaram salários e aposentadoria. Essa é uma reforma muito bem elaborada, e cabe a cada um de nós explicar isso, com cuidado, aos deputados --que às vezes vêm com informações distorcidas”, afirmou.

Para Maia, supostas informações falsas ou desencontradas sobre a proposta defendida pelo governo, por parte de “quem tem trabalhado contra a reforma”, estão “no seio das assessorias e das consultorias, tanto de parte do governo como de parte do Congresso”. “Você precisa de um tempo para esclarecer muitos mitos que não existem”, disse o parlamentar, para quem a idade mínima de 65 anos proposta na reforma “é completamente suportável para a expectativa de vida do Brasil.”

“A batalha está começando; é mais fácil você passar uma falsa informação do que falar a verdade, às vezes”, disse. Sobre a “batalha”, Maia se referiu, principalmente, à que ele vê “especialmente pelas redes sociais, com uma avalanche de críticas e de pressões”. “Isso pode fazer com quem você acabe achando que perdeu a batalha, mas não perdeu, porque não votou [a reforma] ainda.”

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