Cachaça, arma e game; veja os 10 produtos com mais impostos no Brasil
Para enfrentar a crise econômica, o governo anunciou na semana passada a volta de alguns impostos para empresas, entre outras medidas para diminuir o rombo. A expectativa é que o fim do benefício fiscal (desoneração) gere R$ 4,8 bilhões de arrecadação para o governo.
A decisão de voltar a cobrar tais impostos de empresas não afeta diretamente os cidadãos, mas esse aumento na carga tributária pode ser repassado ao consumidor por meio de aumento dos preços.
Assim, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), a lista dos dez produtos mais tributados no Brasil, elaborada pelo instituto, não sofreu mudanças com as medidas do governo.
João Eloi Olenike, presidente do IBPT, afirma que o princípio do governo é taxar produtos menos essenciais, como bebidas alcoólicas. "Isso o governo não vai deixar de fazer", afirma.
Por causa disso, no topo da lista elaborada pelo instituto aparece a cachaça. No preço dela, 81,87% são impostos, de acordo com o instituto.
A lista inclui produtos como casaco de pele, vodca, cigarro, videogame, armas e motos (veja a lista dos dez maiores impostos no álbum acima).
Onde é possível diminuir impostos?
A taxação de supérfluos é alta, mas Olenike defende que é possível diminuir impostos de outros produtos, que não fazem parte da lista dos menos essenciais. Ele cita, por exemplo, o forno de micro-ondas que, segundo ele, tem cerca de 30% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
"Quando ele veio ao Brasil, há mais de 20 anos, era caro, entrava como supérfluo", afirma. "Hoje em dia, é difícil imaginar uma cozinha de classe média sem forno micro-ondas. Hoje é essencial, e a tributação não diminui."
Ele também cita a alta tributação de medicamentos, com média de 37% de impostos em seu valor, de acordo com Olenike.
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