Prévia da inflação fica em 0,21% em abril, a menor para o mês desde 2006
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), foi de 0,21% em abril. É o índice mais baixo para o mês em 11 anos, desde 2006 (0,17%).
O resultado mostra uma aceleração em relação a março, quando o indicador havia registrado alta de preços de 0,15%. Em abril do ano passado, o IPCA-15 foi de 0,51%.
No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 4,41%, abaixo dos 4,73% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (20).
A meta em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.
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Resultado parcial
Total de 25022 votosTomate subiu 30,79%
A alta dos preços foi puxada sobretudo pelos alimentos, que subiram 0,31% e têm grande peso no índice. Os destaques foram o tomate (+30,79%), a batata inglesa (+11,63%), os ovos (5,5%) e o leite (1,49%).
Os gastos com saúde e cuidados pessoais também ficaram entre as maiores altas (+0,91%).
Combustível mais barato
Por outro lado, os gastos com transporte baratearam, principalmente por causa da queda de 2,77% no preço dos combustíveis. O litro da gasolina caiu 2,24% e, o do etanol, 5,48%.
Ainda no item transportes, porém, as passagens aéreas encareceram 15,32%.
Juros X Inflação
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o órgão decidiu cortar a taxa de juros pela quinta vez seguida. Ela passou de 12,25% para 11,25% ao ano, menor nível desde outubro de 2014.
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)
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