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Renan diz que é inadmissível governo tocar reforma e defende saída de Temer

Renan Calheiros (esq.) durante sessão sobre a reforma trabalhista no Senado - Marcos Oliveira/Agência Senado
Renan Calheiros (esq.) durante sessão sobre a reforma trabalhista no Senado Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

23/05/2017 15h23Atualizada em 08/01/2018 10h42

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado, voltou a criticar o governo nesta terça-feira (23) e disse ser "inadmissível" que o governo do presidente Michel Temer queira dar continuidade às reformas trabalhista e da Previdência.

"É inadmissível que um governo com essa rejeição queira fazer uma reforma estruturante unilateral. Isso não vai acontecer. Não pode acontecer", afirmou Renan, durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos.

Renan defendeu que o parecer da reforma trabalhista não fosse apresentado nesta terça-feira pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e que fossem feitas mais audiências e discussões sobre o projeto de reforma.

O ex-presidente do Senado falou, ainda, que Temer deveria deixar o cargo para que fossem realizadas eleições indiretas.

"O melhor era que nós conversássemos com o presidente para que ele entenda o seu papel histórico a cumprir. Façamos uma transição negociada, rápida. Elejamos um presidente da República e um vice-presidente da República, garantindo eleições gerais em 2018 com Assembleia Nacional Constituinte", disse Renan.

Renan defende a saída de Meirelles

Renan Calheiros disse, ainda, que demitiria o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após declarações que deu sobre a crise política.

"Se fosse presidente da República [...] eu ontem teria demitido o ministro Meirelles. Que saiu do silêncio do seu gabinete para dizer para a imprensa em coletiva que com Michel ou sem Michel ele iria tocar essas reformas no Brasil", declarou.

"O grau de complexidade que nós vivemos hoje no Brasil não comporta mais essa ingênua declaração. Isso é mais uma ingênua declaração que é posta contra o interesse nacional".