Petrobras corta equipe quase pela metade; em três anos, são 197 mil a menos
Em um prazo de três anos, a Petrobras enxugou seu quadro de empregados quase pela metade. No final de 2013, o sistema Petrobras --que inclui todas as subsidiárias da estatal-- contabilizava 383,5 mil funcionários, diretos e terceirizados. Em 31 de dezembro de 2016, esse número havia caído para 186,4 mil --197,1 mil pessoas a menos.
Os dados estão disponíveis em um relatório anual, publicado pela empresa em seu site nesta semana.
Em grande parte, as demissões são justificadas pela operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, que fez com que a Petrobras mergulhasse em uma grave crise financeira.
A empresa também citou a redução em seu plano de investimentos e a crise econômica do país como outros fatores que influenciaram a redução no quadro de profissionais.
Maior corte foi entre terceirizados
O maior corte foi de funcionários terceirizados. Grande parte dos contratos com prestadores de serviços foi encerrada com as investigações da Lava Jato e o corte nos investimentos da estatal.
No final de 2013:
- Total: 383,5 mil funcionários, diretos e terceirizados;
- 297,4 mil empregados terceirizados;
- e 86,1 mil empregados diretos.
No final de 2016:
- Total: 186,4 mil funcionários, diretos e terceirizados (197,1 mil a menos);
- 117,5 mil empregados terceirizados (corte de 179,9 mil);
- 68,8 mil empregados diretos (corte de 17,3 mil).
Programa de demissão voluntária
Nesses três anos, a Petrobras lançou dois programas de incentivo à demissão voluntária (PIDVs), em 2014 e em 2016.
Ao todo, 13,2 mil empregados aderiram a essas iniciativas. A empresa estima que mais 6.420 funcionários sejam desligados pelo programa de 2016, que ainda não foi concluído.
Petrobras se diz vítima de corrupção
A Petrobras informou, em nota, que as autoridades públicas que conduzem as investigações da operação Lava Jato e o STF (Supremo Tribunal Federal) reconhecem que a estatal é vítima de todos os fatos revelados pela investigação.
Como resultado, a companhia já recebeu de volta cerca de R$ 660 milhões fruto de práticas criminosas, e o valor ainda pode chegar a R$ 5,5 bilhões, considerando as ações de improbidade administrativa em andamento, de acordo com a empresa.
A Petrobras disse também que segue colaborando com as autoridades e buscará o ressarcimento de todos os prejuízos causados em função dos atos ilícitos cometidos contra a companhia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.